Nascida na Grécia Antiga, a ode é um canto poético criado para celebrar e enaltecer — um gesto de reverência em forma de arte. Com linguagem musical e tom elevado, ela foi usada para homenagear deuses, heróis e feitos notáveis. Séculos depois, o gênero ressurge em nova forma: um tributo musical brasileiro.
Em “Uma Ode a Dorival Caymmi”, Adriano Grineberg — pianista, cantor e pesquisador das sonoridades de várias partes do mundo — presta homenagem a um dos maiores poetas do mar e da vida simples. O álbum, que chega às plataformas em 14 de novembro, encerra o ciclo iniciado com “Eufótico” (2024), projeto inteiramente dedicado às canções praieiras de Caymmi.
Neste novo trabalho, Grineberg transforma a admiração em criação: recria o universo caymmiano com sua assinatura bluesy, transitando entre lirismo, ancestralidade e pulsação rítmica, marcas de sua trajetória. “Caymmi sempre falou da vida com a delicadeza de quem escuta o vento. Suas canções são como águas que mostram, que acolhem, que ensinam o tempo de cada coisa” – comentou Grineberg.
Com sete faixas e participações especiais de grandes nomes da música brasileira, o disco é também um encontro de gerações. Danilo Caymmi divide os vocais e a flauta transversal em “A Jangada Voltou Só”, faixa de abertura e cartão de visitas do álbum. Alaíde Costa empresta sua delicadeza a “Quem Vem pra Beira do Mar”; Lazzo Matumbi traz sua força e alegria em “Samba da Minha Terra”; e Nasi (do IRA!, banda da qual Grineberg foi sideman por anos) dá um tom soturno e poderoso à “Canção da Partida”.
Ouça em https://tratore.ffm.to/umaodeadorivalcaymmi