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Eric Clapton continua passando vergonha (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Um processo de hipnose coletiva que atingiu bilhões de pessoas salvou o planeta. É isso que podemos concluir ao ler e ouvir a mais recente e estapafúrdia entrevista de Eric Clapton a um canal de internet nesta semana.

No mesmo dia em que o cantor americano Meat Loaf morreu aos 74 anos vítima da covi-19 – não tinha sido vacinado, por era contra a imunização -, o guitarrista inglês de 76 anos vomitou mais asneiras sobre uma espécie de hipnose coletiva que levou ao “convencimento de milhões de pessoas a se vacinarem”.

Curioso notar que Eric Clapton só está vivo porque se vacinou em 2020, apesar de suas lamentáveis reclamações sobre supostos efeitos colaterais – além de idoso, tem uma série de comorbidades.

Uns morrem, outros reclamam e atentam contra a saúde pública e outros dão exemplo. Neste último caso, Neil Young exigiu a retirada de suas músicas do Spotify por causa da continuidade de podcasts negacionistas dentro da plataforma de streaming.

Responsabilidade não tem preço. Neil Young avança ao abrilhantar ainda mais a sua carreira de 56 anos, enquanto Clapton insiste em estragar um legado de quase 60 anos. 

Não consta que o guitarrista inglês esteja sentindo efeitos de algum tipo de senilidade, embora pareça exatamente o contrário. Nem mesmo as mortes de notórios negacionistas pelo mundo por covid-19 é o suficiente para demover essa gente nefasta de suas sandices.

No Brasil, esse tipo de falácia está sendo lentamente demolida pelo avanço progressivo da vacinação da população e da exigência do passaporte vacinal para eventos públicos patrocinados por prefeituras e governos estaduais.

Em São Paulo, o passaporte já é exigido em restaurantes, bares e em certas baladas. Ao mesmo tempo, diminui o número de energúmenos que bradam contra tal exigência, expondo cada vez mais ao ridículo o Ministério da Saúde, que ainda “questiona” a eficácia das vacinas em “notas técnicas”.

Com o governo federal cada vez mais no fundo da fossa, cabe aos municípios e Estados, mesmo aqueles governados bolsonaristas, mergulhar no bom senso e incentivar a vacinação, assim como a exigência do passaporte vacinal.

Diante da realidade, com a variante Ômicron contaminando o mundo novamente, cessaram os protestos de gente estúpida contra as novas medidas de restrição e distanciamento social. Carnaval de rua está cancelado e desfiles de escolas de samba foram adiados para abril.

Ainda que os casos de covid-19 tenham explodido de novo, o número de mortes é muito menor, mesmo com o relaxamento total por parte da população – reflexo direto da expansão da vacinação.

Shows e turnês continuam sendo adiados e cancelados pelo mundo. O mais recente caso é o da turnê envolvendo o americanos do Deicide e as bandas brasileiras Krisiun e Crypta, que ocorreria na Europa a partir de março. AS novas datas, se é que serão remarcadas, ainda não foram anunciadas.

É um baque terrível em um momento em que esperávamos o começo da retomada, ainda que tímida. Não vai acontecer tão cedo. Novos lockdowns talvez sejam necessários.

Para quem está há dois anos sofrendo com a pandemia mundial, alguns meses a mais não serão um problema insolúvel. Enquanto isso, vamos nos divertir com a população mundial sendo “hipnotizada” para aderir à vacinação e salvar a humanidade.