Categoria: Rock nacional

  • Raimundos lançam o single ‘Maria Bonita’


    A veterana banda brasileira Raimundos lançou no início de novembro o single “Maria Bonita”. É a primeira amostra do futuro álbum de estúdio do grupo que vai marcar o primeiro lançamento de disco novo dos músicos desde 2014.

    O single, cuja bela capa acompanha este texto, foi liberado nas plataformas no dia 6 de novembro e busca o resgate da sonoridade que consagrou uma carreira cujo estouro comercial, com o álbum “Raimundos”, completou 30 anos em 2024.

    Marca ainda a primeira música liberada pela banda desde a morte, em 2023, do saudoso baixista Canisso.

    O novo som traz o hardcore característico dos Raimundos, mesclado com uma sonoridade nordestina, que combina com a protagonista de “Maria Bonita”.

    Na composição, escrita pelo vocalista e guitarrista, Digão, e Vitor Mendes, a banda destaca que está fazendo uma “ode a mulheres fortes e inteligentes, que o homem tem de merecer estar ao seu lado”.

    “‘Maria Bonita’” é um hardcore desenfreado bem ao velho e bom estilo Raimundos mas com cara de novo! Essa canção alterna riffs bem rápidos e pesados, vocais cadenciados e abre para uma bela melodia no refrão. Direto ao ponto!”, conta a banda,no release distribuído à imprensa sobre seu novo single.

    A nova faixa é produzida pelo próprio Digão, com mixagem e masterização de João Milliet, no estúdio Cada Instante SP.

    Além dos vocais e guitarra de Digão, “Maria Bonita” conta com Marquim na guitarra e backing vocals, Caio na bateria e Jean Moura no baixo e backing vocals também.

    Ainda sem uma data oficial de lançamento, o primeiro álbum de inéditas desde “Cantigas de Garagem”, de 2014, também será o primeiro lançamento da banda desde sua assinatura com a ONErpm, que aconteceu no final de outubro.

  • Frejat é a nova vítima da empáfia truculência estrangeira

    Mais uma da série “aconteceu de novo no rock nacional”: artista local é atrapalhado/expulso do palco por equipe/produção de estrela gringa. E depois tudo fica por isso mesmo,

    Aconteceu com o Ratos de Porão, no Knotfest deste Ano, que teve de tocar no escuro devido a “problemas técnicos”, e agra a vítima foi o guitarrista Roberto Frejat, que abriu o show único de Lenny Kravitz no Brasil, no Allianz Parque, em São Paulo.

    Ele tocava a última música quando se surpreendeu com todos os equipamentos desligados no meio da execução. Em seguida, recebeu “ordens” de deixar imediatamente o palco, segundo testemunhas. Foram ordens da produção de Kravitz, que se incomodou com o suposto atraso de Frejat. Não houve ´pedido de desculpas.

    Nas redes sociais, Frejat foi educado, mas se mostrou indignado com o comportamento dos técnicos estrangeiros e cobrou mais respeito aos artistas brasileiros.

    “Indignado com o desrespeito que sofri ontem no fim do meu show de abertura da apresentação de Lenny Kravitz no Allianz Parque em São Paulo, venho agradecer o carinho e o apoio do público presente que aplaudiu e cantou em cena aberta a canção que estava sendo tocada, essa que seria a ultima do meu show. Agradeço também todas as postagens de apoio e indignação pelo ocorrido. Muito obrigado de coração. A gente se vê por aí.”

    Não vai acontecer nada e novos casos ocorrerão porque os produtores/contratantes brasileiros se submetem às estapafúrdias exigências das estrelas estrangeiras e se calam diante do desrespeito e da má conduta de suas equipes técnicas. Acontece em shows de nomes de grande porte e também em festivais diversos.

    Por mais indignados que fiquem, os brasileiros que aceitam abrir os shows internacionais precisam suportar essa situação vexatória sob risco de boicotes futuros. É inacreditável que artistas como Frejat, com mais de 40 anos de estrada e uma instituição roqueira nacional, seja submetido a tal postura deplorável de gringos que mantém atitude colonizadora.

    Neste ponto, é sempre bom lembrar e aplaudir a reação de músicos e assistentes da banda Ultraje a Rigor quando foram vítimas de ataque da produção do cantor inglês Peter Gabriel em uma edição do festival SWU no interior de São Paulo.

    Os gringos tentaram interromper o show dos brasileiros e houve briga generalizada no palco, com os ingleses levando a pior. No dia seguinte, Gabriel, a contragosto, emitiu uma nota lamentando os incidentes e pedindo desculpa pela postura de seus funcionários.

    Será que a única maneira de garantir um tratamento digno e respeitoso e ir à Justiça contra os produtores nacionais que contratam os artistas para a abertura de espetáculos internacionais e festivais?

  • Planet Hemp lança álbum e DVD ao vivo

    Do site Roque Reverso

    O Planet Hemp lançou na primeira quinzena de novembro seu mais novo álbum ao vivo. Como forma de celebração de 30 anos de carreira, completados em 2023, a banda brasileira trouxe ao público o disco “Planet Hemp Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça”.

    O álbum, cuja capa acompanha este texto, chegou oficialmente ao público no dia 6 de novembro e também foi lançado em DVD.

    Gravado em julho de 2024 em um show com ingressos esgotados no Espaço Unimed, em São Paulo, álbum e audiovisual reúnem 26 faixas que sintetizam a trajetória da banda, com colaborações e referências que marcaram essa jornada.

    Produzido por Daniel Ganjaman, e com mixagens de Pedro Garcia, o projeto é um lançamento da Som Livre e Elemess.

    “Esse álbum ao vivo é mais do que uma celebração, é a reafirmação de tudo que sempre defendemos desde o começo”, afirmou o vocalista Marcelo D2, no texto sobre o lançamento enviado à imprensa.”Cada faixa e participação trazem um pedaço dessa história, e ouvir isso ao vivo, com a energia do público, é lembrar o motivo pelo qual começamos. São 30 anos e a chama não se apagou, nem se apagará.”

    Outra figura clássica da banda, o vocalista BNegão, vê o lançamento como uma extensão do legado da banda, que atravessa gerações: “Tem algo marcante em pisar no palco e ver uma galera nova cantando tudo com a mesma empolgação de quem estava lá no começo.”

    E continuou: “Esse disco ao vivo é o registro dessa energia, da nossa conexão com o público e de uma história que não se perdeu no tempo, ao contrário: apenas se fortaleceu. São 30 anos, mas a pressão sonora é a mesma – o Planet Hemp nunca foi só música; é uma ideia, uma mensagem que nunca deixou de ser atual.”