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Taylor Hawkins (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Ninguém conseguia imaginar o Foo Fighters sem o baterista Taylor Hawkins. alma gêmea do líder Dave Grohl, eram inseparáveis nas brincadeiras e na maneira de encarar a vida. Tocou em, quase todo os discos da banda – menos do no primeiro – e fazia com que todo mundo realmente achasse que os Fighters eram uma da de verdade, e não o projeto solo do ex-Nirvana.

A locomotiva sonora que dava o molho especial à música de Grohl e sua banda, Hawkins tinha a capacidade de dividir os holofotes e dava a cara para bater sempre que fosse preciso – e defendia ferozmente o Foo Fighters das criticas e era capaz de dissecar cada disco da banda de forma eloquente. O grupo Foo Fighters também era seu, e Dave Grohl gostava que fosse assim.

O baterista do Nirvana morreu na Colômbia, aos 50 anos de idade, dois dias antes de se apresentar no Lollapalooza São Paulo 2022. Não só devastou toda uma imensidão de fãs pelo mundo como abalou o próprio festival paulista, agora desfalcado de seu principal nome, que cancelou o restante da turnê sul-americana.

Quem o viu tocando na edição chilena do Lolla, no último quinta-feira (24), viu o de sempre: um músico comprometido e focado, tocando bem e interagindo de forma perfeita com Grohl. Não era uma apresentação exuberante da banda, mas o líder e guitarrista exaltava a chance de voltar a tocar depois dos tenebrosos anos de pandemia e covi-19.

Com o hotel isolado em Bogotá, capital colombiana, a polícia local começa a investigar as causas da morte. É claro que a imprensa de baixo calibre já especula sobre o cadáver, atribuindo a “fontes ouvidas pelo jornal” de que se trata de uma overdose de entorpecentes diversos, algo já desmentido pela própria polícia.

Os colombianos logo fizeram a comparação com John Entwistle, baixista de The Who encontrado morto dois dias antes da turnê americana de 2002, em Las Vegas, aos 57 anos. Diferentemente do que ocorreu com Hawkins, até agora, havia fartas provas de que o músico inglês tinha sido vítima de uma overdose de cocaína, fato rapidamente comprovado e admitido dias depois pela polícia e pelos próprios ex-companheiros de banda.

Enquanto a memória de Taylor Hawkins começa a se conspurcada, resta homenageá-lo por seu astral quase sempre lá em cima e pelas performances radiantes nos palcos, inclusive quando deixava a bateria para Dave Grohl e se aventurava a cantar bem, geralmente alguma coisa do Queen ou peças raras do classic rock.