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(Foto: Alex Woloch/Divulgação)

Eram oito horas da em ponto na noite de domingo (15/05), quando Gorillaz, com Damon Albarn à frente, subiu no palco da recém-inaugurada Sparks Arena, na zona oeste de São Paulo, encerrando a etapa paulistana da primeira edição do festival MITA. Esta foi a segunda vez que a banda se apresentou na cidade. A primeira foi em 2018.

Ao longo das duas horas seguintes, a banda desfiou hits diante de um público de cerca de 19 mil pessoas. Com uma banda bem afiada e empolgada, a mistura de rock, hip-hop, afrobeat e sons latinos fez todos dançarem e cantarem em uma noite de lua cheia e temperatura bem agradável.

Além da performance com a banda de carne e osso no palco, nos telões surgiam a banda de “verdade”: os personagens criados por Damon Albarn e o cartunista Jamie Hewlett estavam presentes em diversas animações que não somente serviam para ilustrar o show, mas que complementavam ou davam novos significados para as canções – mas o que interessava mesmo era o que acontecia no palco – Albarn aparentava estar bem à vontade e interagiu bastante com o público, descendo do palco várias vezes, junto ao pessoal que estava nas grades.

Já na parte final do show, uma surpresa para muita gente (menos para quem prestou atenção no que disse Marcelo D2, horas antes): a presença de Pos e Dave, do De La Soul, em “Superfast Jellyfish” e “Feel Good Inc.”. Ao fim do espetáculo, uma certeza: Damon Albarn, ao se livrar dos limites do britpop, se impõe como o mais talentoso artista da geração que mudou a cara do rock inglês nos anos 90.

Outras atrações de domingo no MITA

Marcelo D2 (Foto: Ariel Martini/Divulgação)

Pontualmente, às 4:20, Marcelo D2 subiu ao palco do MITA com sua certeira mistura de hip-hop com samba, com músicas que estavam na ponta da língua dos presentes. D2 também fez questão de homenagear velhos parceiros que já se foram, como Chico Science, Speedfreaks e Chorão.

Na sequência, no palco oposto, o Two Door Cinema Club, mesmo com o desfalque de última hora de seu vocalista e guitarrista Alex Trimble, que teve um problema de saúde e não pôde vir ao Brasil, fez um show que entreteve bastante o público. Com o convidado David Clements assumindo as funções de Trimble, a banda fez um show com seu rock indie rápido e dançante. O problema é que, a partir de um determinado momento, as músicas todas se parecem.

Antes dos Gorillaz encerrarem a noite, o traper cearense Matuê se apresentou, atraindo um público mais jovem, que cantou junto músicas como “Kenny G” ou “Máquina do Tempo”. Na hora do show, muita gente da “graxa”, que estava trabalhando no evento, correu para poder assistir o show de “Tuꔑ, como é chamado pelos seus fãs.

O local

O Festival MITA aconteceu na recém inaugurada Sparks Arena. Localizada perto da estação Villa-Lobos Jaguaré, o espaço abrigou bem os dois palcos, bem montados e com boa visualização, mesmo quando o espectador preferia se sentar no gramado ao fundo ou em algum dos bancos da praça de alimentação. O som também não apresentou falhas, exceto no início do show de Marcelo D2, mas o problema foi rapidamente solucionado, sem prejuízo à apresentação.

Além disso, perto dos banheiros, pontos de hidratação permitiam que o público pudesse beber água livremente. Na saída, cada espectador ainda teve direito a uma garrafa de água.

O festival MITA

No próximo festival, será a vez do Rio de Janeiro receber o MITA. Os shows acontecerão no Jockey Club e ainda há ingressos disponíveis aqui.

21 de maio

  • Gorillaz
  • Two Door Cinema Club
  • The Kooks
  • Heavy Baile
  • Liniker
  • Black Alien
  • Xênia França
  • Coruja BC1 convida Larissa Luz

22 de maio

  • Rüfüs du Sol
  • Tom Misch
  • Gilberto Gil In Concert
  • Jão
  • Marcelo D2
  • Marcos Valle & Azymuth
  • Letrux
  • Alice Caymmi convida Maria Luiza Jobim