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A arte gráfica brasileira é referência mundial, fato que se consolida com a expansão da atividades dos artistas brasileiros. O gaúcho Marcelo Vasco, por exemplo, já desenhou capas de CDs/LPs para o Slayer e é conceituadíssimo entre os roqueiro, além de ser guitarrista da banda The Troops of Doom.

Outro nome estrelado é o do paranaense Jean Michel. São 17 anos de muuito trabalho até o designer gráfico, ilustrador e artista digital obter alcance mundial, desde que criou as primeiras artes de capas para bandas de garagem de sua cidade natal, Curitiba (PR). 

Com seu trabalho que explora experimentalismo, surrealismo e doses de grotesco, chamou atenção de grandes nomes mundo afora e, atualmente, o artista brasileiro vem conquistando notoriedade na indústria da música e na cultura pop. 

“Consegui meus primeiros trabalhos por meio de contatos que possuía na cena underground de Curitiba. Com algumas artes criadas, postava no extinto Orkut, onde tive a oportunidade de ampliar a rede de contatos e criar trabalhos para fora do estado do Paraná”, recorda Jean Michel. 

“Na mudança para o Facebook e as redes sociais do momento, meu trabalho teve alcance para outros países e saltou de patamar, com uma rede de contatos que me colocou no circuito de capistas para bandas de renome internacional. Basicamente, foi um mix de evolução artística, muito estudo e capacitação para que, quando surgissem as oportunidades, estivesse preparado para abraçar”, diz o profissional.

Entre os diversos trabalhos do artista, que incluem artes de capas de álbuns e todo projeto gráfico, estão nomes como Metal Church, Todd La Torre (Queensrÿche), John Corabi (ex-Mötley Crüe, The Dead Daisies, Union, ESP, Ratt, The Scream e outros), Lynch Mob, Vixen, Michael Sweet (Stryper), George Lynch (Dokken, Lynch Mob), Todd Michael Hall (Riot V), Michael Angelo Batio, KXM (supergrupo de músicos do Lynch Mob, King’s X e Korn), Projected (supergrupo de músicos do Alter Bridge, Sevendust, Tremonti e Creed), Bob Marley, Roxanne, Beasto Blanco, Ty Tabor (King’s X), dUg Pinnick (King’s X), Keep of Kalessin e Radioactive.

Ao longo destas quase duas décadas de trabalho, suas artes para capas já estiveram em várias listas de melhores do ano promovidas por revistas e sites especializados em rock e metal. Além disso, também obteve destaque na revista inglesa Photoshop Creative, que aborda as funcionalidades do software Photoshop. 

Porém, por sua versatilidade para criar artes e Ilustrações em diferentes estilos e ter um ótimo feeling para direção de arte, o trabalho pela DSNS Art. vai além do mercado fonográfico. 

Com isso, Jean Michel chamou a atenção de uma gigante do entretenimento, a Netflix, onde foi escolhido para representar o Brasil criando uma ilustração exclusiva do filme “El Camino”, derivado da série “Breaking Bad”. 

“O cartaz foi exposto na CCXP 2019 Brasil, no stand temático que a Netflix criou para promover o lançamento de sua atração naquela época”, relembra o artista.

Idealizando projetos em CD, DVD, vinil, capas de livros, folhetos, pôsteres de filmes, logomarcas, estampas, fotos promocionais e outros, a arte de Jean Michel está presente em vários países. O artista possui clientes no Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Noruega, Finlândia, Austrália, Holanda, Suíça, Itália, Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Colômbia, México e Chipre. 

“Estou sempre antenado com as tendências publicitárias e o que está sendo produzido para o mercado de cinema e literatura, além de identidade visuais para grandes companhias. Gosto muito deste aspecto analítico que me traz um feeling para criar com experimentalismo na área de rock e cultura pop em geral”, observa.

Jean Michel conta que seu estilo vem sendo construído desde a sua infância, pois sempre teve gosto pela arte. “Amava desenhar os meus quadrinhos preferidos da Marvel e DC Comics. Na fase adulta, admirador da escola surrealista que tem como principal nome Salvador Dali, gostava de apreciar as artes que possuem um escapismo. Aliei isto com o estilo e escola Grotesco, que evoluiu ao longo do tempo para se tornar um movimento e categoria estética, expressando artes com toques Bizarro e Fantástico, que tem como objetivo conteúdos satíricos, o qual o rock empresta bastante deste movimento para se expressar visualmente.”