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Malvada toca no Woodstock Bar, em São Bernardo (FOTO: MARCELO MOREIRA)

Houve um tempo, nos anos 80 e 90, em que as bandas de bar faziam muito sucesso em São Paulo, e não só as que faziam versões de clássicos, os famigerados covers. As bandas autorais tinham espaço cativo em muitas casas noturnas da região metropolitana e dos bairros de Pinheiros e Bela Vista/Bexiga.

As várias modas e mudanças ao longo de quase 30 anos viraram esse mercado de cabeça pra baixo, embora no interior do Estado a tradição se mantivesse.

Com o suposto arrefecimento da pandemia, aos poucos os artistas tentam se recuperar e ressuscitar essa tradição. E a melhor banda de “pub rock” da atualidade é o quarteto Malvada, que toca em todos os lugares possíveis desde que os protocolos sanitários permitiram subir novamente aos palcos

As meninas topam todas as paradas e animaram as cerca de 100 pessoas que se animaram a sair na noite chuvosa e fria de um sábado, 8 de janeiro, para praticamente inaugurarem um espaço novo de rock no ABC, o Woodstock Bar, no centro de São Bernardo do Campo.

Show bacana, com a execução de todas as músicas do CD “A Noite Vai Ferver”, de 2021, entremeados com versões boas de AC/DC, Guns N’Roses, Pitty, Raimundos e Charlie Brown Jr.

“As oportunidades estão surgindo e a receptividade está sendo a melhor possível; Estamos tocando bastante em Santo André, no Santo Rock, e percebo que as pessoas estão ansiosas por rock e por curtir shows ao vivo. É um bom momento para resgatar essa chama, digamos assim”, disse a guitarrista Bruna Tsuruda após a apresentação.

E como elas têm aproveitado as oportunidades. Claro que nem tudo sai perfeitamente, mas a Malvada é uma banda essencialmente de palco e combina muito bem com o pub rock do século XXI. 

Elas curtem o que fazem e têm consciência de que muitas das dificuldades são necessárias para engrossar a casca de uma banda ainda muito nova, com menos de dois anos de trajetória.

O rock and roll puxado para o hard’n’blues é uma mistura explosiva que tem agradado a diversos públicos. Os mais velhos, do rock clássico, vibram com  a pegada bluesy das canções autorais, enquanto que os mais novos gostaram dos timbres mais modernos que foram incorporados, principalmente nos covers de artistas de nacionais.

As meninas também tiveram, a sabedoria de criar músicas que funcionam bem tanto no CD como nos palcos. São acessíveis, diretas e, ao vivo, mais pesadas, tanto que elas tocas as oito já lançadas no show que varia de uma hora a uma hora e meia.

“Pode até ser uma vantagem, mas o fato é que criamos músicas que refletem por inteiro o que somos e como encaramos o rock e a estrada”, explica a vocalista Angel Sberse. A diversão tem de ser para todos. Quem toca tem de participar e curtir o momento, do contrário acho que não funciona muito bem.”

A Malvada é quase que uma banda residente no revigorado Santo Rock, de Santo André, agora ocupando um espaço maior e mais confortável para bandas e público. 

Foi lá que as quatro meninas receberam no palco o ótimo cantor Bruno Sutter (que às vezes se apresenta como Detonator, da banda-paródia Massacration” e, no próximo sábado, 15 de janeiro (se a covid-19 deixar), terão a companhia da baixista e vocalista/baixista da Crypta, Fernanda Lira.

Será o encontro de duas das sensações do rock brasileiro de 2021, já tanto Crypta como Malvada apareceram em diversas listas de melhores do ano

Serviço:

MALVADA

Participação especial: Fernanda Lira (Crypta)
Encerramento: AC/DC Cover (banda Big Gun)
Dia 15/01 (sábado) às 21 horas
Local: Santo Rock Bar – Av. Firestone, 1340, Santo André – SP
Ingressos: R$ 25,00 (Vendidos somente na porta)
Capacidade: 700 pessoas