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Autoramas ft. Rodrigo Lima –  “A Cara do Brasil” – “Tem chacina/Não tem vacina/Cloroquina, Ivermectina/Tá focado na piscina/ No piscinão/ Ciência não! / Ele não! /Essa não!”. “Mas, Maurício, é um single, não é o álbum”. Azar dos álbuns! Os incansáveis Autoramas, com participação de Rodrigo Lima, vocalista do Dead Fish, nos trouxeram A MÚSICA PERFEITA para os tempos sombrios que vivemos em 2021 e que, espero, deixemos para trás neste ano que se inicia.   

 

 

 Amaro Freitas – “Sankofa” – O jovem pianista pernambucano É o futuro. Daqui a 20, 30, 50 anos, estaremos falando dele e de seu trabalho, até aqui, irretocável. Seu terceiro álbum mergulha num afrojazz brasileiro, nordestino na raiz e nos leva para um lugar cheio de improvisações, risco e inquietações musicais. 

Djonga – “Nu” – O rapper mineiro, que ganhou notoriedade involuntária ao reagir com um soco a um caso de racismo na final da Copa do Brasil 2021, traz um retrato cru de seu trabalho. Em alguns momentos dialogando com álbuns anteriores, “Nu” ao mesmo tempo abre novos horizontes no universo musical do artista.   

 

 

 Juçara Marçal – “Delta Estácio Blues” – Definitivamente, Juçara Marçal está no panteão das grandes cantoras brasileiras. Aqui, ela se reúne com seu parceiro de Metá-Metá, Kiko Dinucci, e ambos mergulham num universo recheado de eletrônica e vozes distorcidas. “Delta Estácio Blues” vai da urgência punk de “Crash” ao flerte trap de “Sem Cais”. Um álbum obrigatório. 

 

  The Baggios – “Tupã-Rá” – Finalizando a trilogia iniciada com “Brutown” (2016) e “Vulcão” (2018), a banda sergipana investe, com sucesso, na conexão Mississippi – Nordeste brasileiro – África.    

 

 

 Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo  – Álbum de estréia da jovem banda paulistana, cheio de frescor, urgência e referências a Mutantes e bandas contemporâneas, como O Terno, além de contar com participações especiais de Fabio Tagliaferri e Lucinha Turnbull.   

 

 

 Jonathan Ferr – “Cura” – Assim como Amaro Freitas, o carioca Jonathan Ferr é um menino preto vindo das quebradas e que encontrou no piano o melhor lugar para expressar suas inquietudes e pontos de vista sobre a vida, o mundo que o cerca. Com participações especiais do ator Sérgio Loroza, do violoncelista Jacques Morelembaum e da poetisa e filósofa Viviane Mosé, Jonathan continua com sua exploração musical, criando pontes entre os subúrbios cariocas e o afrofuturismo.  

 Mateus Aleluia – “Afrocanto das Naçoes” – Seu Mateus, único integrante vivo do mitico conjunto “Os Tincõas” continua levando a sua missão de ser griô de um povo. “Afrocantos das Nações” é o resultado de uma pesquisa musical feita no Brasil e no Benin e, ao longo de trinta e duas (!!) canções, traz as conexões entre orixás, voduns e outras entidades que se encontram na África, Brasil e outros países do continente americano.    

 Marina Sena – “De Primeira” – O nome do álbum já entrega a que veio. Logo no seu álbum de estréia, a compositora e cantora mineira foi muito bem sucedida em misturar pop brasileiro com eletrônica e pitadas de tecnobrega. “De Primeira” tem potencial para animar bailinhos em qualquer lugar do país. É o pop que o Brasil precisa.   

 BaianaSystem – “OXEAXEEXU” – Ao contrário álbum anterior “O Futuro Não Demora”, que tinha uma pegada mais alto astral, “OXEAXEEXU” é um trabalho mais reflexivo, cheio de incertezas que os tempos de pandemia trouxeram a todos. O caldeirão sonoro, com beats, tambores e guitarra baiana, está ali, somados a ritmo latinoamericanos e africanos.   

  Eu fiz uma playlist com canções destes álbuns e algumas outras coisas e você pode ouvir no player abaixo: