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A cantora e compositora Teresa Cristina (FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE) |
“Mulheres são destaque no setor musical. Um setor que já foi muito masculino. É muito importante que a UBC nos traga a real participação delas na música. Grandes estrelas femininas impressionam por seus feitos em número de público e alcance das suas obras. Fico extremamente feliz e motivada com os acontecimentos”, afirma Paula Lima, diretora da UBC.
“O objetivo maior, tanto do relatório quanto dos debates que promovemos, é levantar uma discussão sobre a disparidade tão grande entre homens e mulheres. Queremos incentivar as mulheres a realizarem mais trocas, olhando para o passado e refletindo sobre o futuro. O quadro avança devagar, como esperado, mas já podemos notar melhoras nos números em relação às últimas edições da pesquisa”, comenta Vanessa Schütt, responsável pela comunicação da associação.
Desde a elaboração da primeira edição do relatório, em 2018, o crescimento do número de mulheres associadas à organização foi de 68%. Elas compõem apenas 15% do quadro de mais de 40 mil associados da UBC, no entanto, representaram 17% de todos os titulares que se filiaram em 2020.
Comparando com 2019, houve um aumento de 12% no cadastro de obras feitas por autoras e versionistas. Já em relação aos fonogramas, o cadastro com participação de intérpretes femininas aumentou 9%, de músicas executantes cresceu 8% e de produtoras fonográficas, 21%.
Em relação ao rendimento dos titulares, o valor recebido por mulheres no Brasil em 2020 continua representando 9% do total, ou seja, a cada 100 reais distribuídos, o valor destinado a elas é de apenas 9 reais. Já sobre o valor arrecadado no exterior, dentre os 100 titulares com maior rendimento, 12 são mulheres.
De todas as pessoas que acessaram as principais páginas e notícias do site da UBC, 42% foram mulheres, o que revela a busca por informação e aprendizado do público feminino.