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Meat Loaf (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Assim como o guitarrista inglês Peter Frampton, o norte-americano Meat Loaf se tornou um mega-astro mundial imediatamente com um hi e um ótimo álbum, “Bat Out of Hell”, em 1977. Foi a sua fortuna e, ironicamente, também a sua perdição, pois a obra ficou estampada em sua testa. Nada que fizesse de bom após o disco seria suficiente para que ele fugisse da maldição do “one hit wonder”.

Michael Lee Aday,  seu nome verdadeiro, morreu nesta sexta-feira (21), aos 74 anos, após uma carreira de respeito, embora sempre marcada por “Bat Out of Hell”, que ganhou uma parte dois nos anos 90, sem o mesmo impacto. A causa da morte não foi divulgada.

Entende-se o porquê de ser impossível dissociar o intérprete da obra. “Bat Out of Hell”, álbum do cantor lançado em 1977, é um dos 10 mais vendidos de todos os tempos, com mais de 43 milhões de discos comercializados. Ele foi criado como trilha de um musical, chamado “Neverland”, uma versão futurística de “Peter Pan”. No entanto, ganhou vida própria e virou uma “ópera-rock” de extremo sucesso.

A paixão de Meat Loaf (bolo de carne, em inglês) era o palco, mas não necessariamente a música. Bom ator, começou atuando em musicais e, já famoso, virou ator de cinema, embora nunca tenha sido protagonista de grandes produções.

Nascido em Dallas, no Texas, ele iniciou a carreira nos palcos na década de 70, participando dos musicais “Hair” e “The Rocky Horror Show”. Na música, suas principais canções foram “Paradise by the dashboard light” (1977), “I’m gonna love her for both of us” (1981), “I’d do anything for love (But I won’t do that)” (1993), além da faixa-título do álbum de estreia “Bat Out of Hell”, que dura cerca de dez minutos.

O cantor e ator passou por alguns problemas de saúde, principalmente nas cordas vocais. Em 2015, retomou a agenda de shows após um hiato de dois anos, encerrando os rumores de sua aposentadoria musical. Também teve problemas com vício em álcool e drogas, mas se recuperou e sempre fez questão de propagar os malefícios dos excessos em todas as entrevistas que dava.

Conhecido como um artista com viés humanitário, ironicamente apoiava o conservador Partido Republicado nos Estados Unidos, identificado com temas supostamente liberais defendidos pelos membros do partido. Por conta disso, perdeu várias amizades e deixou de realizar alguns rabalhos por conta da veemência com que defendia o partido de Donald Trump.