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Música para ver e ouvir é o grande clichê para apresentar um dos eventos culturais mais importantes do Brasil na área da música – e também no geral. 

Amplo, diversificado e lotado de boas histórias, o In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical volta de forma presencial trazendo uma leva de filmes que, em parte, exploram os nossos tempos de trevas e pandemias. O festival chega a sua 14ª edição com o patrocínio máster de Colombo Agroindústria; patrocínio de Itaú e Spcine / Secretaria Municipal de Cultura / Prefeitura de São Paulo; e realização de In Brasil Cultural, Sesc SP e Secretaria Especial da Cultura / Ministério do Turismo / Governo Federal.

A programação conta com mais de 50 filmes nacionais e internacionais inéditos no circuito comercial, que serão exibidos em salas da cidade, na plataforma do festival e em plataformas parceiras.

Para complementar a programação, o 14º In-Edit Brasil trará ainda encontros, debates e entrevistas com diretores, diretoras e artistas, além de shows exclusivos.  

O evento acontece em São Paulo, de 15 a 26 de junho, de forma híbrida, com sessões presenciais e online.

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Destaques nacionais na área do rock

Na mostra competitiva, são dois os filmes que merecem uma atenção especial. “As Faces do Mao”, de Dellani Lima e Lucas Barbi, já foi fartamente resenhado e elogiado neste Combate Rock.

Trata-se da trajetória política e artística do professor universitário José Rodrigues Júnior, o “Mao”, que também é vocalista e fundador da banda punk Garotos Podres, um dos maiores nomes da música engajada do Brasil. antes de ser um ativista de esquerda, 

Mao é uma personalidade e um intelectual que luta pela democracia e pela promoção irrestrita dos direitos humanos.

Outro destaque é “Manguebit”, de Jura Capela, que faz um bom acompanhado histórico do movimento musical que surgiu em Recife (PE) nos anos 90, analisando não só artisticamente como o contexto histórico de seu surgimento.

A Mostra Brasil tem filmes bons que mostram as carreiras do jazzista Ivo Perelman, radicado nos Estados Unidos, e do cantor Sidney Magal, mas o rock explode mesmo no curioso “Queremo róque!”, de Jivago Del Claro, que acompanha a história da banda Repolho, que zoa com e todos em uma ode ao bom humor e à sátira.
“Sinal de Alerta: Lory F”, de Fredericco Restori, traça um panorama bastante certeiro sobre uma cantora de inspiração punk que foi referência d então música moderna sulista roqueira, mas que infelizmente morreu cedo.

Dois filmes nacionais estão na área internacional e merecem menção. Depois de anos engavetado, finalmente “Brazil Heavy Metal”, de Micka Mickaelis, ex-guitarrista e vocalista do Santuário e hoje um renomado publicitário, conseguiu reunir um time estrelado de artistas que fizeram parte da explosão do metal brasileiro dos anos 80. É um documento antológico sobre uma parcela pouco conhecida a música brasileira.
“Quem Kiss Teve” é um trabalho arqueológico importante ao mostrar como foi a passagem do Kiss pela primeira vez em São Paulo, em 1983, consolidando o país como importante mercado para o rock depois das passagens do Queen em 1981 e do Van Halen no comecinho de 1983.

Na época, o videomaker Tadeu Jungle foi à porta do estádio do Morumbi, onde seria realizado o show, para entrevistar o público e fazer um retrato geracional.

Filmes internacionais

“Tina” é outra preciosidade, já que é o registro dos últimos momentos profissionais da cantgora Tina Turner antes da aposentadoria. Há passagens históricas de apresentações dela ao longo de mais de 60 anos de carreira – ela tem 82 anos de idade.

O cantor Ronnie James Dio, morto em 2010, recebeu uma grande homenagem em “Dio: Dreamers Never Die”. De crooner de uma banda de doo-wop, nos anos 1950, à lenda do heavy metal, muita coisa aconteceu.

 Neste documentário, dirigido por Don Argott e Damian Fenton passamos por todas estas fases, que incluem as aventuras com Ritchie Blackmore no Rainbow, a substituição de nada mais, nada menos, que Ozzy Osbourne no Black Sabbath, até finalmente formar em sua própria banda.

Para quem gosta de recortes históricos há obras que retratam passagens importantes das trajetórias de artistas como Rick James, Dinosaur Jr e da banda experimental Flaming Lips, embora o mais interessante pareça ser o melhor dessa seara “Nothing Compares”.

Centrado em um período de cinco anos (1987-1992), o filme conta a vida da cantora irlandesa Sinéad O’Connor, que teve uma ascensão meteórica nos anos 1980 mas que caiu em desgraça depois de ter rasgado publicamente uma foto do Papa João Paulo II, em protesto aos abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica.

Serviço:

In-Edit Brasil – 14º Festival Internacional do Documentário Musical

De 15 a 26 de junho

www.in-edit-brasil.com