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Detonautas na gravação do clipe de ‘Kit Gay’ (FOTO: DIVULGAÇÃO)

– Os Detonautas Roque Clube não estão aliviando. O terceiro single deste semestre contra o clima de extremismo político e contra o fascismo, “Kit Gay”, é uma porrada no mundo bolsonarista contaminado pelo que há de mais lixo no mundo evangélico. É uma sátira bem feita e contundente na mesma linha de “Micheque”, o single anterior que zoava com os indícios fortíssimos de que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, recebeu R$ 89 mil, de forma inexplicável, do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, pilar de um esquema de corrupção, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, encastelado no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador “Kit Gay” é divertida, sacana e lembra alguns dos bons momentos do Ultraje a Rigor nos anos 80, embora já naquela época seu líder, Roger Rocha Moreira, já fosse um discreto admirador de figuras políticas de extrema-direita. Os Detonautas são, de longe, a banda de rock mais engajada politicamente contra o nefasto governo Bolsonaro e as forças do atraso que pregam “restrições” às instituições democráticas e às liberdades de opinião e expressão.

– As bandas Selvagens À Procura de Lei e Scalene lançaram, pelo slap – selo da Som Livre -, o single “O Rio”. A canção, que já está disponível em todas as plataformas de música – ouça aqui -, é resultado da vontade que as duas conceituadas bandas de rock nacional tinham de gravar juntas. “Quando fomos assistir a um show do Selvagens no início deste ano ficamos intrigados com a energia que a música deles têm. Queríamos fazer algo perto da linguagem deles. Foi então que compus uma música que achei que ficaria legal no som deles e trouxemos alguns elementos nossos pra dentro disso”, conta Gustavo Bertoni, vocalista da Scalene. O lançamento tem uma melodia suave e a letra traz uma mensagem propícia à reflexão, o que pode ser visto em trechos como: “Tô me sentindo tipo pássaro longe do ninho/ Voando no limite entre o azul e o precipício/ De vez em quando eu vou mudar/ E o que tiver de vir, virá/ Eu vim aqui só pra te dizer como é bom sumir/ Mesmo sem mapa voltar pra casa dentro de si.” Segundo Rafael Martins, vocalista e guitarrista da banda “Selvagens”, a intenção foi traduzir em palavras as inconstâncias da vida. “Falamos bastante sobre que caminho a letra deveria seguir e meio que de forma natural e unânime quisemos falar sobre a busca interior. Essa coisa de procurar ser fiel a você, mesmo nas curvas do caminho da vida”, diz ele.

– A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo recebeu mais de 18 mil inscrições ao longo de quase dois meses de cadastramento da lei 14.017/20, conhecida como Aldir Blanc, criada para mitigar os impactos da pandemia do novo coronavírus no setor cultural. Foram 13.611 inscrições feitas por profissionais da cultura interessados em garantir a renda emergencial básica de R﹩ 3 mil. O prazo para cadastramento terminou na quarta-feira 4/11. Na terça-feira 3/11 também se encerraram as inscrições para o ProAC Expresso LAB, outra frente da lei, com um total de 4995 projetos de pessoas físicas e jurídicas, em todas as áreas da cultura. O próximo passo será a avaliação das comissões julgadoras para a publicação dos projetos contemplados.