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 Marcelo Moreira



As ameaças e intimidações sempre foram menosprezadas, quando não normalizadas, e desde a campanha eleitoral. As progressivas liberações de armamentos para vagabundos de todos os calibres e a produção de dossiês contra adversários, inimigos e “comunistas” se tornou uma prática, mas parece que ninguém se importou. O terrorismo seria o próprio passo?

Os crédulos, ingênuos e inocentes se apressaram em dizer que isso seria exagero, que mesmo o bolsonarismo mais burro (redundância) teria limites. 

Pois o terror bolsolixo se manifestou no último final de semana em todo o seu esplendor diante das manifestações de apoio a um governo fascista em colapso e desespero.

Não bastassem as nojentas imagens de vagabundos bolsonaristas impedindo a vacinação de idosos em Maceió (AL), três “ativistas” invadiram o hotel de uma médica cotada para o Ministério da Saúde com a intenção de, no mínimo, intimidá-la; no máximo, agredi-la.

Ludhmila Hajjar é uma médica paulista conceituada e com currículo robusto. Foi cogitada para o posto e topou o convite para uma “entrevista” com nefasto presidente da República. Era uma sondagem e deixou claro que pretendia ter carta branca no ministério e que seguiria a ciência na condução da saúde.

Essas pré-condições irritaram o nefasto presidente, que já tinha recebido informações dos ataques de seus apoiadores à médica nas redes sociais – ela defende tudo aquilo que o estúpido mandatário repudia, do isolamento social à rejeição a medicamentos que não servem para a covid-19.

Mesmo sabendo das totais incompatibilidades para assumir o cargo, ela foi conversar para ter a certeza de que não daria certo. Nesta segunda-feira (15), recusou formalmente o convite. E contou aos jornalistas que o presidente foi lacônico sobre os ataques que sofreu: “Ele disse apenas que aquilo ‘fazia parte'”.

Ninguém decente pode sequer cogitar fazer parte de um governo criminoso, fascista e incompetente. Essa médica aceitou conversar e, com isso, perde total credibilidade e respeito para qualquer coisa. Significa que, de alguma forma, vislumbra alguma luz nas trevas bolsonaristas. Será que pode reclamar dos ataques que sofreu?

Seja como for, o terrorismo agora faz parte do arsenal de “argumentos” de um governo desesperado e já no fundo do poço faz tempo. 

Grupos bolsolixos apoiaram em peso o ataque ao hotel da médica em Brasília e lamentaram que os excrementos humanos não tenham concluído a “intimidação”. 

De acordo com jornalistas do G1 e da GloboNews, três desses excrementos foram contidos por seguranças do hotel já no hall dos elevadores. Não foram presos, e tinham posse de informações preocupantes, como o número do quarto e o telefone celular da médica Hajjar.

Isso é terrorismo praticado por terroristas. O terror está no escopo das atividades da maioria dos grupos bolsonadas, seja o terrorismo virtual, seja o real. Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) tivera suas casas como alvo de ataques e manifestações por parte dessas corjas de excrementos humanos.

Terrorismo político é a principal manifestação do lixo fascista, em qualquer lugar e qualquer tempo. Acuado e desmoronando, o mundo bolsonaro nunca teve um segundo de dúvida ao lançar mão desse recurso – e também nunca escondendo o seu desprezo pela democracia e pela Constituição.

A reportagem do UOL mostrando que a “rachadinha”, ou seja, a prática em que o parlamentar obriga seus funcionários a devolver parte dos salários, também ocorria no gabinete do então inútil deputado federal Jair Bolsonaro, deve acirrar ainda mais os ânimos. Será suficiente para acelerar o desmoronamento do bolsonarismo?

Emparedado, o bolsonarismo parece fora de controle e apelará ainda mais para as ameaças contra democracia. No desespero em que se encontra, e completamente refém de parlamentares asquerosos do Centrão do olho vigilante do STF, o futuro próximo do governo Bolsonaro é totalmente incerto.

Juntando-se a isso o fato de que o próprio presidente incompetente e semianalfabeto perdeu o controle sobre sua manada de imbecis, esperemos por mais e mais ataques terroristas contra pessoas e instituições. Não é coincidência que o presidente nefasto tenha feito algumas alusões a golpes e estado de sítio nas últimas semanas.

P.S.: O que isso tem a ver com rock? Pelo menos quatro músicos fascistas que apoiam bolsonadas aplaudiram as intimidações à médica Hajjar no Facebook. Não dá para estimar o tamanho da infiltração fascista no nosso meio, mas uma coisa é fácil constatar: o crescimento de imbecis roqueiros que se manifestam a favor do bolnarismo é assustador.