Marcelo Moreira
– Chaosfear – “Be the Light in Dark Days” está na lista dos melhores do ano do Combate Rock. É uma porrada tremenda em um ano em que todo mundo teve que se virar para conseguir atenção e tocar a vida. É thrash, é death e é extremo, tudo gravado com extremo bom gosto e competência. A banda se esmerou em criar um clima denso e catastrófico para mostrar a mais pura violência sonora. Ouça “Cold” e tente evitar o pânico. “The Enemy Inside” é outra pancada que estremece qualquer ambiente. Tem de constar nas coleções dos apreciadores do metal extremo.
– No Life on Earth – Por enquanto é um projeto de dois músicos mineiros conhecidos com artistas norte-americanos. Alan Wallace, o guitarrista, é músico da ótima banda mineira de metal Eminence, e se juntou com o baixista PJ, do Jota Quest, um assumido fã de rock pesado. Juntos, fizeram algumas músicas e decidiram registrá-las com dois amigos americanos de Wallace, Jay Arriaga (bateria) e o cantor Andre Acosta. Esses dois tocam na banda texana Scattered Storm ( e também representam o Eminence nos Estados Unidos) e cometeram um trabalho bem diferente do que costumamos observar. Englobando algo de metal industrial e metal alternativo, o EP “Into Fire We Burn” traz canções fortes e muto bem produzidas, como “The Gravity”, com a participação de Andreas Kisser (Sepultura).
– Duccah – Rock em português que transita entre o pop sofisticado e o hard rock em “Venha”. O som vigoroso e elaborado aparece com propriedade na música “Sem Lutar” e na ótima e mais pesada “Só no Camarim”. Boas letras e arranjos muito bem feitos demonstram que o Duccah é diferenciado em um mar de mesmice que domina o rock nacional. Tem até flerte com ritmos brasileiros na música “Para a Lama do Fracasso”. Boa surpresa.
– Seventh Sign From Heaven – A banda piauiense finalmente mostra a sua cara em um bom álbum, “The Woman and the Dragon” é eficiente em sua mistura de heavy metal e thrash em alguns momentos. Mesmo abusando de alguns clichês do gênero, consegue transmitir qualidade e competência, embora a originalidade esteja bem longe. Com composições mas maduras e uma produção melhor a banda pode alcançar outros públicos diante de uma concorrência pesada.
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– Sevencrows – Metal progressivo de boa qualidade, embora sem ousadia. Tudo está no lugar, bem certinho, mas falta aquele sabor de aventura e inovação que surpreende., O álbum “Deep Thoughts” é um bom começo para saltos maiores. “Reflections of My Past” é a canção mais legal.