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Marcelo Moreira



– Scars – “Predatory” é a retomada desta grande banda de thrash metal que sempre chamou a atenção pela velocidade e contundência das guitarras. O som é violento, mas surpreende por passagens intrincadas e arranjos diferenciados, como na excelente “beyond the Valley of Despair”, ou na pancadaria de “Violent Show”. O trabalho de guitarras é muito bom e faz com que o pique jamais seja perdido. Há até alguns duelos, coisa não muito comum nas bandas de thrash brasileiras. É imperdível para os fãs do estilo.

– Semblant – Banda paranaense veterana e que deu a impressão de que iria decolar no meio da década passada. Com os ótimos vocais da cantora Mizuho Lin, retorna com o ótimo disco “Obscura”, com ótima produção e um instrumental mais pesado e imponente. O gothic metal de outrora agora dá lugar a temas mais versáteis, em uma diversidade necessária em um subgênero saturado. “Barely Breathin'” é um dos destaques deste bom álbum.

– Contra Bando – Hard rock em português que faz bom papel em “Ilegal”, o mais recente trabalho. As guitarras são o fio condutor, que poderiam ter mais peso e força para se destacar da concorrência. Há bastante competência, mas falta alguma coisa que os coloque mais na linha de frente, que pode ser o peso nas guitarras ou composições mais impactantes. “Somos Quem Podemos Ser” e “Ratoman” são os destaques.

– Erodelia – Hard rock poderoso em português, misturando as partes boas de Aerosmith, Bon Jovi, Motley Crue e Poison. Mesmo que a originalidade não seja o forte da banda, a qualidade predomina em canções bem legais. “Redenção” e “Ditado Popular” são bns exemplos de peso e melodias cativantes e certeiras. As guitarras também são um ponto alto deste CD autointitulado.

– Crashkill – Uma banda interessante que consegue unir thrash old school e tendências extremas mais modernas no álbum “Consumed by Biomechanics”. Tudo bem, já ouvimos isso antes em algum lugar, seja lá na Bay Area, de San Francisco, ou na Alemanha do Kreator, mas é legal ouvir a fúria de um metal feito com muita vontade, como em “This is Crashkill” e “Year of Darkness”. É um grupo de deve crescer dentro do estilo.