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 Marcelo Moreira

 

 – Eskröta – Mais uma banda feminina que manda muito bem no rock pesado, engrossando o caldo de um segmento que já conta com Malvada, Nervosa, Sinaya, Melyra, The Damnnation, Crypta, The Mönic e muitas outras. “Cenas Brutais” é brutal, com 11 porradas em 30 minutos de thrash metal, hardcore e muita cutucada na orelha e socos no estômago por conta dos temas sociopolíticos que teimam em turvar nossas vidas neste país infeliz. Cárcere”, “Satanás”, “Tribunal Popular”, “Massacre”… é impossível escolher apenas um dois destaques.

– Goaten – Banda gaúcha que pratica um metal moderno que transita entre o heavy, o hard e o grunge, com altos e baixos no EP “The Following”. Os acertos estão por conta das guitarras bem timbradas e pesadas; entre as coisas que podem melhorar está a produção, que precisa equilibrar mais o instrumental e os vocais, que estão um pouco abafados. “Nature of the Century” é o destaque do EP. 


– Gueppardo – Nome forte da cena hard’n’heavy brasileira, só agora chega ao seu segundo álbum, “Execução Sumária”, mesmo tendo prestígio no Brasil e em países do Mercosul. O som é pesado, mas as canções têm um apelo mais acessível, como a bela “Instinto Animal” ou a interessante “Código de Barras”. Há também uma música cantada em espanhol, “Nada a Perder”, e outra em inglês, “Living on the Road”. Atirando para todos os lados? Pode ser, mas isso não invalida a qualidade deste interessante CD.

– Sepulchral Voice – Outra banda extrema que aposta na variação entre heavy tradicional, thrash e death metal, sendo que as guitarras são versáteis, muito pesadas e bem trabalhadas. “Evil Never Sleeps” abusa de muitos dos clichês do estilo, mas isso não depõe contra. “Blood Sacrifice” é melhor exemplo, deixando claro que a banda tem cacife para retrabalhar os sons característicos do estilo. 

– Vikram – Nome importante do prog metal atual, é mais uma banda que incorpora elementos orientais em sua música, e o faz com muita competência, especialmente em relação aos sons do Oriente Médio. “Behind the Mask I” é contagiante por conta das melodias bacanas criadas em uma base instrumental sólida. É a primeira parte de uma trilogia que narra a vida de Nathaniel Frost, cientista e pesquisador importante na história da humanidade. É um trabalho com estofo e densidade, altamente recomendável.