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 Marcelo Moreira



– Electric Mob – Banda paranaense que conseguiu o sonho das bandas iniciantes e de qualidade: um contrato internacional com uma gravadora bacana. “Discharge” é o primeiro CD com a gravadora italiana Frontiers, que expande seu leque de artistas indo para um hard rock mais moderno e contemporâneo. A produção é excelente e realça os arranjos que levaram a banda até a Frontiers, com guitarras limpas e não muito pesadas, um baixo despretensioso, mas correto e uma bateria mais contida e menso esplendorosa. Trabalho muito bom, especialmente na canção “Devil You Now”.

– Setfire – Banda paulista finalmente chega ao primeiro CD, “Spots of Blood”. Aqui não temos nada de original, mas a gana e a força com que as músicas são executadas merece todos os aplausos. É thrash metal reto e direito, sem firulas e sem grandes arroubos de virtuosismo, mas tem as músicas têm uma sonoridade bastante intensa e execução como se o quinteto estivesse no maior dos festivais. Com uma produção um pouquinho mais caprichada o álbum teria enormes possibilidades de voos mais altos, mas isso não inviabiliza a boa qualidade do trabalho. Ouça a boa “The Thin Line”, com a presença de Vítor Rodrigues (ex-Torture Squad e Voodoopriest, atual Tribal Scream) e a pesadíssima “Bargain”.

– Gravekeepers – O EP de estreia,com o nome da banda, segue a tendência que a maioria das bandas de thrash metal brasileiras optou: muito peso em guitarras cortantes e deixando arroubos técnicos em segundo plano. Para uma estreia, a banda capixaba foi bem, mas é necessário buscar uma produção mais encorpada, que valorize mais os timbres de guitarra, e um pouco mais de ousadia. “Monsters of Revenge” é o destaque.

 Wild Hunt – Banda sergipana de um homem só, “Awakening of the Wild Spirits” impressiona pela qualidade da produção e pela temática das canções. Fabio Laporte, o cérebro por trás do Wild Hunt, teceu uma boa trama sobre um herói em ação para salvar uma região, invocando temas filosóficos e passando mensagens positivas. Trabalho conceitual bacana e que merece muita atenção.

– Insanidade – Em um momento em que a maioria das bandas com inspiração punk logo se bandeiam para o hardcore e o crossover, eis que esses goianos decidem se manter fiéis aos acordes básicos e à postura tipo ’77, ou seja, é o punk rock dando as caras. “Hello Suckers” reúne uma coleção de canções básicas com muita rispidez e pancadaria, envolvendo os temas de sempre do subgênero do rock, como em “Obrigado por Nada” e “Buracos”. Nada de novo, mas é punk rock visceral e na veia.