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– Sacrificed – Banda mineira veterana que melhor a cada lançamento. desta vez é um EP, “Beyond the Gates”, que traz um som extremo bem trabalhado e com arranjos interessantes. O som é poderoso e a produção deixa tudo mais sujo e extremo. A vocalista Kell Reis se destaca entre os músicos pelas interpretações densas e certeiras, deixando tudo mais violento indo do thrash para o death em doses cavalares. A faixa mais interessante é “Say My Name”.

– Dirty Glory – Foram seis anos de espera para um novo trabalho de um grupo que se mostrava uma promessa do hard rock nacional. “Miss Behave” é melhor ainda do que “Mind the Gap” e mostra um grupo dominando a melodia e fazendo as guitarras soarem modernas e, ao mesmo tempo, com certa nostalgia dos anos 80 que tanto fascinam músicos brasileiros. Certamente estará em várias listas dos melhores do ano por conta de canções contagiantes como “Shy Away”, “Faded Mirrors” e “The Maze”. A produção é bem redonda, que realça os tires de guitarra e bateria e ressalta a qualidade dos músicos. Pena que a banda anunciou recentemente o encerramento das atividades. Que isso seja rapidamente revisto.

– Buffalo Ruffus – “A Ilusão da Segurança” é uma obra diferenciada dentro do rock pesado nacional. Músicas em português, guitarras com timbres “antiquados” e baixo pulsante, em uma tentativa de resgatar uma sonoridade setentista. Qual é a sacada então, se não há originalidade? Essa é a questão, não é para ser original. É música para ouvir e sem grandes pretensões, e o objetivo é atingido. “Renegado” é bem carregada de guitarras em várias camadas, em um stoner bem trabalhado. “A Cor que Caiu do Espaço” vai na mesma linha, enquanto que o hardão aparece em “Coragem da Queda”.

– Requiem’s Sathana – Banda gaúcha que estreia com vigor em álbum autointitulado. É bruta do começo ao fim e consegue transmitir bem a sensação de fim do mundo. Alternando entre o black metal e o death metal, a força das músicas se sobressai com guitarras pesadas e climáticas, onde os temas são destrinchados de forma a não permitir que haja respiro. Diante da pouca originalidade que o subgênero vem demonstrando no mundo inteiro, esse grupo consegue fazer algo qu foge do senso comum; “Now It’s War” é a faixa mais interessante.

– Evil Politicians – “Indignation Army” é o primeiro disco desta banda curitibana que chega com bons predicados. O som é bem pesado, alternando entre o thrash metal e o que se convencionou chamar de metalcore, também conhecido, às vezes, como metal alternativo. Não importa o nome, o som do álbum é bom e chama a atenção. Os solos são bem feitos na guitarra e duas canções se destacam: “Your Truth” e “Not Mine”. A produção é bem simples, procurando realçar os instrumentos indivdualmente. Com um capricho maior neste quesito, a Evil Politicians só tem a evoluir.