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– Corazones Muertos – Banda inclassificável que é fruto da cabeça de um argentino movido a rock pesado que um dia decidiu ficar no Brasil durante a segunda turnê por aqui. O malucão viu os amigos voltarem para Buenos Aires e não teve dúvidas: se enturmou em São Paulo com uma galera também doidinha e reativou o conjunto. Em “Livin’ Dead Stories”, o esquema continua baseado em canções de inspiração punk, mas com a adição de muitas coisas, ao estilo The Clash. Tem rock, em pop, tem reggae, tem blues e muita coisa em alta rotação, deixando tudo insano e quente. “Subway Boys” e “Midnight Radio” promove encontros entre Clash, Ramones, New York Dolls e Television, com resultados ótimos.

– Monday Riders – Grupo goiano aprofunda seu mergulho no hard rock com pitadas de country music. É um som característico e pouco abordado, o que requer doses de coragem. “Fire, Blood and Gasoline” é uma obra divertida e com bom astral, variando entre a festa e a reflexão. Sem preocupações estilísticas, Monday Riders faz música para divertir e abusa às vezes de um hard meio farofento, mas sem descambar para os clichês do gênero. É um disco bom e bem gravado. Ouça “My Way of Life” e “Firepower”.

 Les Mémoires Fall – Essa é uma banda ousada de São José dos Campos (SP). Som gótico não é algo popular nem mesmo na Europa quanto mais por aqui, e em uma vertente mais pesada e densa. “The Tree: Yarns of Life” reúne os principais elementos do subgênero, soando quase doom metal em algumas passagens. É sombrio e assustador em algumas passagens. Altas doses de melancolia garantem a tristeza que muitos procuram em climas funéreos. Instrumentalmente, é um disco que reúne bastante competência.

 Segregatorum – O nome é bom e entrega que é mais uma banda de metal extremo. “Lemarchand’s Dominus” é um disco forte, denso e muito pesado, embora não traga nenhuma novidade, o que pode ser uma qualidade. Sem querer inventar, o grupo vai bem neste trabalho, com guitarras estridentes e cortantes e uma bateria marcial bem marcante. 

– Pesto – Desgraceira total e destruição são a marca desta banda mineira de metal extremo. Entre o death metal e o grind, com referências óbvias ao Carcass, o Pesto marca posição como “Palate of Pleasure”. É insano e intenso, com uma massa sonora baseada em guitarras ultrassaturadas e bateria estrondosa. Não é som para ouvidos despreparados, como é o caso de “Pestilence” e “False Sacrilege”. para a banda, “podre” é um elogio para o tipo de som que produzem. Incomoda bastante, mas essa é a intenção.