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– Azul Limão – Veteraníssima banda brasileira ressurge com “Em Quarentena”, um título autoexplicativo. São 40 anos de som pesado e forte, revisitando clássicos da banda tocados ao vivo  no esquema básico que as bandas adotaram na pandemia. O som é visceral e destaca as guitarras bem timbradas e efervescentes. E lá vamos nós lembrar de coisas bacanas como “Guerreiros do Metal”, “Satã Clama Metal”, “Vingança”…

– Brunno Mariante – Trabalho de fôlego do cantor paulistano. “No Time for Waste” é pesado e coeso, misturando hard rock e heavy metal de forma equilibrada e interessante. É um CD em que não devemos esperar originalidade ou uma grande canção, mas serve como boa diversão e uma amostra da qualidade de Mariante como músico. Há uma boa participação de Blaze Bayley na canção “Liar”, que acaba se tornando o destaque do trabalho. 

– Gestos Grosseiros – Porrada na cara sem dó. Gestos Grosseiros nunca decepciona e merecia maior reconhecimento quando chega aos 20 anos de carreira. “Demoniac Plague” é um EP furioso, de que desmorona paredes e enfia o som na cara do ouvinte. A faixa-título é medonha, no bom sentido, carregando todo o horror destruidor do metal extremo. Ao lado da ensurdecedora “Fanatic Faith”, coloca as guitarras para detonar e mostrar seu som não faz concessões. Ótimo trabalho deste período de pandemia.

– Evilcult – Banda gaúcha que se orgulha de ser um nome forte do underground ressurge com o álbum “At the Darkest Night”, uma coleção de oito músicas furiosas e blasfemas que explodem em um competente black metal. Tudo é extremo e lá em cima, asfixiando o ouvinte com guitarras que soam como machados decepando cabeças e baterias á velocidade da luz, não dando oportunidade para respirar. “Necro Magic” é a canção mais emblemática.

– Atlantis – A intenção é interessante dessa banda catarinense: recriar o clima mágico de liberdade e sem pretensão dos primórdios da NWOBHM (New Wave of Brirish Heavy Metal). O álbum autointitulado até consegue aqui e ali ecos de Diamond Head e Angel Witch, mas parece que faltou alguma inspiração. O trabalho é bom, mas não é grandioso, já que a produção poderia ter dado mais potência às guitarras. O legal é que sobra empolgação no disco, o que compensa eventuais deficiências.