– Insane Driver – Rock pesado é um tem que engloba muita coisa, até de forma indevida. Mesmo assim, tem bandas que conseguem misturar muita coisa e produzir algo bem interessante. “Silicon Fortress”, dessa banda paulista, é o caso, com um balanço equilibrado entre hard rock e heavy metal, com elementos de algumas áreas um pouco divergentes, como o grunge e o metalcore. Dá para sacar influências de Trivium e Lamb of Gods. Os maiores destaques são “Desperate Prayer” e “Keep Away”.
– Inferno Nuclear – “Diante de um Holocausto” é um manifesto poderoso de metal violento que vem do Pará. Ainda que as guitarras estejam um pouco abafadas, mostram o bom potencial dessa banda, que transita entre heavy tradicional e um thrash veloz e bem arranjado. Sobram pancadas para todos os lados e os destaques são “Alienação”, “Soldados do Mal” e “Vítimas”.
– Síndrome K – Thrash metal baiano reto e direto, sem firulas, mas também sem grandes inovações ou destaques. Cantando em português, a mensagem é crua e estapeia o ouvinte em porradas como “Prataria Sacra” e ” Sua Bandeira”. “Aqui Se Paga”, o álbum, é coeso e bem gravado. É uma banda com um futuro luminoso.
– West Hill – Banda paranaense com um bom tempo de estrada e bons serviços prestados ao rock. Bastante experiente, conseguiu contornar problemas de produção que surgiram para todos durante a pandemia e fazer o hard rock bastante honesto e competente, alternando influências californianas e inglesas. “Rock ‘N’ Bubble” é gostoso de se ouvir, com boas melodias e ideias bem desenvolvidas, como em “Pretty Air Hostess”.
– Khorium – Grupo que se destacou nos últimos dois anos fazendo um metal com muito groove e inteligência, lança o seu melhor trabalho até aqui. “Forças Opostas” traz o que de melhor o subgênero produziu, indo além, algumas vezes, dos limites quebrados por bandas como Tosco, Project46 e Capadocia, por exemplo. A vibe de protesto continua mais forte do que nunca e banda quebra tudo em canções fortes como “Mercadores da Fé”, que mistura metal e rap. Tudo é muito forte e intenso e mostra da melhor forma que rock e temas políticos se misturam muito bem, como deve ser.