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Do site Roque Reverso




Este mês de fevereiro marca os 25 anos do álbum “Roots”, do Sepultura. Considerado por crítica e público como um dos discos mais importantes da história do heavy metal, o trabalho histórico feito pela banda brasileira virou o estilo de cabeça para baixo por trazer elementos ricos da cultura do Brasil à qualidade musical já conhecida do Sepultura. 

Foi o último disco da formação clássica do Sepultura, já que, no fim do mesmo ano, o vocalista, guitarrista e fundador, Max Cavalera, deixou o grupo. Por este e uma série de detalhes, o aniversário de 20 anos do “Roots” merece ser lembrado por todos os veículos com alguma ligação ao rock n’ roll.

A percepção de que “Roots” não é um álbum comum já começou pela belíssima capa do disco e como ela foi criada. 

A imagem do rosto do índio nada mais é do que a reprodução de uma arte que fazia parte de uma nota de 1.000,00 cruzeiros. Elaborada e incrementada por Michael Whelan, a capa conseguiu sintetizar toda a ideia do disco com uma felicidade poucas vezes vista na história da música. 

É bastante discutível dizer que o “Roots” é o melhor disco do Sepultura. Para os fãs de carteirinha da banda ou mesmo do thrash metal que o grupo ajudou a construir, há, por exemplo, os ótimos “Beneath The Remains”, “Arise” e “Chaos A.D.” para rivalizar. 

“Beneath The Remains” foi praticamente um passaporte para a banda brasileira penetrar no cenário internacional do heavy metal. “Arise” traz o Sepultura com aquela fome dos grupos jovens querendo mostrar para o mundo que são os melhores do universo e colocou a banda no nível dos maiores do thrash metal.

“Chaos A.D.” é o disco que traz os músicos mais calejados e com vontade de experimentar e ditar novos rumos ao metal, com o detalhe que foi neste último que as inserções de sons brasileiros começaram a deixar os gringos mais ainda de boca aberta com as músicas. 

Independentemente de ter mais ou menos clássicos que os três discos citados, “Roots” entra na lista de álbuns fundamentais do heavy metal justamente porque traz uma riqueza sonora incrível.

Do som cada vez mais grave vindo das guitarras de Max Cavalera e de Andreas Kisser até a produção grandiosa de Ross Robinson, passando pela mixagem de Andy Wallace e pela decisiva contribuição do baiano Carlinhos Brown com uma série de instrumentos (musicais ou não), tudo neste trabalho mostra sujeitos empenhados em fazer algo que fosse lembrado para sempre pelos seus seguidores.