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FOTO: SESC DOM PEDRO II/DIVULGAÇÃO

A ditadura sanitária vai acaba com o rock. Essa é uma frase que não sai da boca dos negacionistas que insistem em atribuir às medidas de isolamento sanitário os problemas que a classe artística enfrenta desde o começo da pandemia de covid-19.

São os mesmos que vomitam que o escândalo da Prevent Senior não pode ser relacionado ao gênero musical ainda que seus donos toquem e liderem duas bandas de certa relevância em São Paulo.

Mesmo com a flexibilização prematura das regras de isolamento e distanciamento no estado de São Paulo, as reclamações continuam por conta de determinadas regras que continuam em vigor, mas que não inviabilizam a realização de shows.

O estado de São Paulo, incluindo o capital paulista, criou um guia de reabertura com uma série de regras a serem cumpridas para que possamos voltar a ter shows e espetáculos culturais.

Está permitida, por exemplo, a ocupação de 100% da capacidade em estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes – algumas cidades, como São Bernardo do Campo, no ABC, ainda restringem horários de funcionamento e capacidade de público, mas são exceções.

No caso dos shows, será necessário continuar observando o distanciamento de ao menos 1 metro entre os participantes. Além disso, o uso de máscaras será obrigatório.

Todo evento com mais de 500 pessoas deverá exigir o comprovante de vacinação de pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, que pode ser apresentado via celular ou em formato físico.
Shows em São Paulo

O retorno da programação na capital de São Paulo tende a ser gradual. Nesse primeiro momento, inclusive, os shows com público em pé não estão liberados — a situação deve mudar apenas em novembro.

Nós, do Combate Rock, defendemos a exigência do passaporte vacinal não só para shows, bares e restaurantes, mas também para todas as atividades sociais que envolvam muitas pessoas. É primordial que seja um item obrigatório na hora da procura de um emprego, por exemplo.

Restrição das liberdades individuais ao se exigir vacinação completa? E o que dizer das liberdades de viver no caso das pessoas que se contaminaram diante da irresponsabilidade dos que se recusaram a se imunizar? E como justificar essa afirmação idiota a quem perdeu pessoas próximas para a covid?

Ainda não é hora de retorno de shows, de teatros, de cinemas e de espetáculos variados, bem como o público nas arquibancadas de estádios e ginásios. É prematuro e não totalmente seguro.

Por outro lado, compreendemos as necessidades de se retomar, aos poucos, o convívio social depois de 18 meses de pandemia. Por mais que falemos em protocolos sanitários, os dados mostram que a taxa de contaminação ainda está alta, assim como o índice de mortes diárias. 

As pessoas estão dispostas a arriscar. Não há respostas prontas para o momento em que estamos. Resta apenas recomendar cautela e prudência.