Escolha uma Página

O rock demorou para entrar nos protestos pelo desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e Dom Phillips na Amazônia, no extremo oeste do Estado do Amazonas. Enquanto no Brasil apenas artistas do underground fizeram tímidas manifestações, no rock internacional o U2 finalmente se manifestou nas redes sociais.

No Twitter, o baixista Adam Clayton revelou a sua indignação pelo sumiço dos dois ativistas e repudiou |os “lentos trabalhos de procura e resgate”.

Costumeiro ativista dos direitos humanos e crítico ferrenho do governo lamentável do nefasto Jair Bolsonaro, Roger Waters, ex-Pink Floyd, ainda não se manifestou diretamente sobre os desaparecimentos, mas tem feito comentários ácidos a respeito do progressivo desmatamento da Amazônia registrado nos últimos tempos.

A banda francesa Gojira, de heavy metal, que substituirá  Megadeth no Rock in Rio 2022, postou nas redes sociais apenas imagens da floresta em alusão ao desmatamento e aos desaparecimentos dos dois ativistas. Em seu último disco, a banda lançou a canção “Amazonia”, um libelo pela preservação e contra a sua progressiva destruição.

Levará séculos para que a imagem do país seja recuperada diante de tamanhos ataques generalizados à civilização cometidos pelo lamentável governo Bolsonaro e sua corja de seres desprezíveis e execráveis.

As ameaças e eventual ataque a Pereira e Phillips, que documentavam e denunciavam as atividades ilegais de pesca, extração de madeira, garimpo e tráfico de drogas em áreas preservadas, tiveram endosso e estímulo de um governo federal abertamente favorável ao crime organizado e contra a preservação da Amazônia. É cúmplice e conivente com os eventuais assassinatos dos ativistas.

É só mais um evento que se soma às centenas de razões para o impeachment do presidente nefasto e eventual condenação/prisão por inúmeros crimes. 

Mais o que vexame internacional, o ataque os dois profissionais e a leniência com que as autoridades tratam do caso mostram que o Brasil despencou vários andares abaixo do temo “repuliqueta de bananas”, em que qualquer termo relacionado à “civilização” desapareceu junto com Bruno Pereira e Dom Phillips.