Gravação ao vivo rara celebra os 60 anos dos Small Faces

Eles foram considerados os músicos mais injustiçados e subestimados do rock inglês dps anos 60, assim como Dave Clark Five, Graham Bond Organsation e Spencer Davies Group, Os Small Faces quase estouraram, mas tiveram de esperar alguns anos e mudar de nome – e de líder – para ganharem reconhecimento merecido, mas com outro tipo de rock.

Para homenagear os 60 anos do surgimento do quarteto londrino, a revista inglesa “Uncut” lança o álbum “Somethjing Nice”, que pode ser considerada a primeira gravação ao vivo oficial da banda. É o resgate de um show realizado ris Bélgica  em 1966, quando a banda ainda era considerada o farol do movimento mod, mesmo que o tal movimento estivesse morrendo, ou praticamente morto. Ao vivo, os Small faces eram uma potência que misturava rock, blues e soul com uma urgência impactante.

O som é cru, ríspido e pesado em alguns momentos, com o diferencial de ter teclados e guitarra duelando em um tempo em que isso era quase impensável em uma banda de rock. Era um rock quase furioso, mas com muita melodia.

Small Faces foi uma criação de dois jovens aspirantes a estrelas que rabalhavam em lojas de Londres ou simplesmente vadiavam pelo centro da cidade, pulando de emrego em emprego. Steve Marriott cantava muito bem e chamava a atenção em várias bandas pela voz ora rouca, ora esganiçada. Tocava guitarra bem, mas almejava ser um cantor de multidões.

Ronnie Lane era mais modeso, em,bora bom guitarrista e um baixista competente. Como o recém-conhecido amigo Marriott em 1964, tinha 17 anos e era apaixonado por blues e rhythm and blues, além de folk britânico. Juntos, iniciaram uma banda de covers, que ficou completa com o hábil tecladista Ian McLagan e o baterista juvenil Kenney Jones, de 16 anos.

As versões viscerais para clássicos do blues e da soul muaci logo chamara a atenção de vários selos, impressionados com a qualidade do som os moleques. Logo viraram os “concorrentes” de The Who no movimento mod, uma grande bobagem – as duas bandas logo ficaram amigas, tanto que 1 4 anos depois Jones substituiu Keith Moon, moro no ano anterior, na bateria do Who.

Mesmo com o mods ora de moda, a Immediate Records insistiu em manter o quarteto naquela cena, tano que os Small Faces se transformaram em uma banda de singles quando todo mundo já partia para pos álbuns; Tanto que, oficialmente, a banda em, apenas dois LPs, sendo o primeiro, “Green Circles”, uma compilação de compactos.

A banda era boa, mas imatura e sem um gerenciamento correto que os permitisse evoluir e não fica para trás. As msicas próprias eram boas, mas ainda presas a uma era que remeti à beatlenmania, isso em 1967; Seu maior sucesso, a improvável “All or Nothing”, libertou a banda das amarras da imaturidade, mas não teve efeito grande em sua trajetória profissional.

A migração para a psicodelia era um passo natural, mas ainda assim com atraso. “Ogden’s Nut Gone Flake”, o álbum de 1968, crucial hoje em dia, foi considerado datado em1968 e fez o quarteto amargar sucesso moderado. Isso acentuou as divergências entre Marriott e Lane. O vocalista quria fazer um blues mais pesado e o baixista insistia em fazer um folk psicodélico.

Sem acordo, os Small Faces foram minguando em 1969 aé a inevitável saída de Marriott para criar o Humble Pie. P trio remanescente se juntou a Rod Stewart (vocais) e Ron Wood (guitarra). Demitidos o Jeff Beck Group, e formaram os Faces, que tiveram muito sucesso na primeira metade dos anos 70.

OS Small Faces são uma das pérolas do rock sessentista e merecia mais atenção do público, que era constantemente bombardeado com novidades semanalmente nos maravilhosos anos 60 e 70. Este disco ao vivo é um excelente retrato do que foi essa banda subestimada.

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