Autor: Marcelo Moreira

  • Os golpes cotidianos e o ‘sequestro’ do rock clássico

    Os golpes cotidianos e o ‘sequestro’ do rock clássico

    Investigações da Polícia Federal mostram que estivemos muito perto de um golpe de Estado bem antes dos eventos nojentos de 8 de janeiro de 2023. Como já era esperado, o golpe foi tramado por militares de alta patente intimamente ligados ao governo do nefasto ex-presidente Jair Bolsonaro; Falta pouco para que este seja diretamente implicado.

    Com a extrema-direita de inspiração fascista acuada neste momento no Brasil, ainda somos obrigados e enxergar, aqui e ali, manifestações, ainda tímidas, de negação e defesa do mundo bolsonarista feitas por artistas, alguns de rock.

    A estratégia é conhecida: se alguém não faz captura de tela ou cópia da mensagem, o músico fascista vomita nas redes sociais alguma bobagem, deixa por alguns momentos e depois apaga na tentativa de, depois, negar qualquer postagem. M<as o recado foi dado.

    Essa gemente chegou a comemorar os resultados das últimas eleições, quando eleitores majoritariamente votaram em políticos indignos de direita para vereador e prefeito. 

    Menos mal que os extremistas de direita não tiveram bons resultados, mas gente que prega ódio e apoiou tentativas de golpe de Estado ficou feliz com a guinada á direita achando que esta é uma tendência para a eleição presidencial de 2026.

    As prisões de militares bolsonaristas colocou água no chope desses seres inomináveis. Mesmo assim alguns ousaram se manifestar colocando em dúvi

    a as investigações e as prisões, quando não chamando os detidos, golpistas desde sempre, de “patriotas”. São mesmos que ousaram aplaudir o atentado a bomba de 13 e novembro contra o STF (Supremo Tribunal Federal). O louco dos fogos de artifício também foi chamado de patriota por alguns, entre eles músicos de rock.

    Acometidos por uma patologia coletiva que vai muito além, da cegueira institucional e da ignorância deliberada e criminosa, essa gente claramente deixou de ter vergonha de externar a sua perversidade e desumanidade. 

    Como essa gente ainda se diz roqueira e milita no rock é um mistério, mas demonstram que a doença se espalhou rápido e que no mundo musical está contaminado com ideias perversas e destrutivas.

    E então chegamos ao lado negativo do termo “rock clássico”, tão rechaçado por músicos de diversas idades e matizes. Ian Gillan, 79 anos, vocalista da banda inglesa Deep Purple, afirma que o termo engaiolou bandas veteranas em um ambiente onde só se quer saber de músicas gravadas e lançadas 50 anos atrás, matando o interesse por coisas novas que artistas mais velhos produzem.

    Marcelo Gross, guitarrista com passagem pela banda gaúcha Cachorro Grande, acha o termo perigoso por classificar artistas diferentes e com trabalhos consistentes em uma categoria fossilizada que, involuntariamente prende ao passado quem se aventure a um som com mais referências artísticas da história.

    Não é preciso muito esforço para adivinhar onde desemboca esse pensamento: no conservadorismo social que domina a sociedade brasileira e, de quebra, a de outros países, onde a ousadia, a audácia e a provocação artística passaram a simbolizar um mundo progressista assustador para essa gente.

    O medo do novo, do instigante e das incertezas do futuro nunc tiveram um efeito tão nefasto e paralisante como agora. 

    A sociedade, como um todo, está apavorada com o empoderamento das mulheres, com a desenvoltura das minorias, com as reivindicações antirracistas, com o aumento das populações negras nas esferas de comando, com a visibilidade humana de pessoas trans e LGBYQIA+.

    E quem poderia imaginar que muita gente do rock – gente demais da conta, muito mais do que imaginávamos – está em,butida neste meio, apavorada com as mudanças na vida com as incertezas naturais que nos empurram para a frente.

    É esse tipo de gente que odeia o Black Pantera, o Living Colour e o Body Count, bandas de pretos enfezados que ousaram colocar os negros na vanguarda do rock e da música pop. 

    São os mesmos que debocham, desprezam e criticam bandas como Eskröta, The Mönic e Malvada, integradas por mulheres que exaltam o femininismo e o empoderamento delas, coisas que deixam os conservadores, principalmente os roqueiros, alucinados e amedrontados

    Diante desses cenários enervantes e “ameaçadores”, o roqueiro parasita, ignorante e com cérebro estagnado busca refúgio no patriotismo e no rock clássico, terrenos conhecidos e menos complicados.

    Apostam tudo no mesmo hit de 50 anos atrás ouvido incessantemente o dia inteiro dia após dia. É o cara que deliberadamente mata o novo por medo, sempre exigindo escutar “Smoke n the Water”, do Deep Purple, esteja onde estiver. É o mesmo idiota que faz questão de ir a lugares que só permitem artistas que tocam versões de grandes sucessos fossilizados, sem espço para qualquer coisa autoral.

    A caricatura dessa gemente é o tiozão gordo e mal-educado que tem dinheiro de sobra e uma motocicleta caríssima, que frequenta motoclubes que ainda ostentam bandeiras dos Estados Confederados da América (racista) e lemas que exaltam a “amizade, a lealdade e o patriotismo”, quando não o nacionalismo.

    São aqueles que exaltam as piores versões de Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers, o Southern rock que um dia serviu de trilha sonora para discursos supremacistas de brancos sulistas dos Estados Unidos.

    Esse mundinho confortável e conservador do rock clássico soa como refúgio para essa gente acostumada a ser tratada (e mimada) com deferência e a desprezar gemente pobre e de cor e de outra orientação sexual. A correspondência com o mundo branco conservador e frequentemente “ostentatorio” do sertanejo moderno brasileiro é imediata.

    Até quando toleraremos esse tipo e ser execrável em nossas hostes, empesteando com sua desumanidade e perversidade ambientes marcados ela cooperação, pelo respeito, pela amizade, mas também pelo questionamento e pela contestação?

    O golpismo escancarado pela Polícia Federal não deixa dúvidas do perigo que corremos e de como o ambiente brasileiro se tonou tóxico na política, algo que contaminou toda a sociedade. Por isso é que a polarização é cada vez mais necessária para que identifiquemos e neutralizemos os inimigos. E o rock está cheio deles.

  • Notas roqueiras: Black Pantera, Congadar, Pitty…

    Nlack Pantera (FOTO: DIVULGAÇÃO)


    – Uma das maiores bandas de rock da atualidade, o Black Pantera vem cada vez ganhando mais espaço, participando de mais festivais e sendo ouvido por mais pessoas. Além da sonoridade, um rock que abarca outros estilos, as mensagens das letras falam sobre ancestralidade, pertencimento e são explicitamente antirracistas, fazendo desta uma das bandeiras levantadas pela banda. Tanto que na prova do Enem, realizada dia 3 de novembro em todo o Brasil, vários estudantes citaram a banda numa pergunta sobre o assunto e depois contaram para eles através das redes sociais. O Black Pantera está em turnê do álbum “Perpétuo” (Deck/2024) e, além dos shows individuais, tocaram no Rock in Rio, Knotfest, nos shows do Living Colour, Sepultura, Sleaford Mods e outros pelo Brasil. Neste mês da Consciência Negra, eles lançam a inédita “COLA”, que traz uma letra de empoderamento perante as atrocidades cometidas contra o povo preto. “A ideia é trazer coragem e união para combater o racismo e homenagear algumas figuras fundamentais da luta antirracista, como Malcon X, Panteras Negras, Dandara, Zumbi e outros” – comentou o vocalista, guitarrista e compositor Charles da Gama. “COLA” é um lançamento da gravadora Deck e já está disponível nos aplicativos de música. Assista ao lyric video aqui: https://www.youtube.com/watch?v=kB5Av6bRGZE
    – -A Congadar é uma banda de afro-rock mineira que traz na essência o congado, manifestação cultural de origem afro-brasileira que homenageia à ancestralidade; que tem um acento forte de percussão e a identidade bem-marcada pelas letras que evocam a cultura e resistência negra. Neste Mês da Consiciência Negra eles lançam o primeiro single e liryc vídeo do novo álbum, “Legado Orum“. “Comecei a pensar nessa letra depois que fui a uma roda de conversa com o Morena Mariah sobre Afrofuturismo, que, em linhas gerais, propõe que a gente entenda o passado para pensarmos num futuro melhor, aprendendo com nossos antepassados”, comentou o baixista Marcão Avellar, “Comecei a escrever em jongo, brincar com jogo de palavras, na métrica e no ritmo. Conversei com o percussionista Bruno e fui fazendo a letra e o Giuliano a música”. O resultado é uma música que homenageia aos ancestrais e é um convite à dança, devido às batidas percussivas de caixa (nome dado aos tambores do congado em Minas Gerais). “Esses ritmos estão no DNA do brasileiro. É como se a gente acessasse um lugar de memória da gente. É a ancestralidade”, define Carlos Saúva. Assista aqui : https://www.youtube.com/watch?v=KggQVNri5H

    – A cantora Pitty será a atração principal da edição de fim de ano do Rockfun Fest São Paulo. O evento, que teria ingressos pagos, foi adiado de agosto para dezembro. Será no dia 14 de dezembro, um sábado, com entrada gratuita, no Centro Esportivo Tietê. na região central de São Paulo. A organização ainda não divulgou quiais serão as outras atrações que antecederão o show de Pitty.

  • Notas roqueiras: Sophie’s Threat, Angra, Barão Vermelho…

    Sophie’s Threat (FOTO: DIVULGAÇÃO)

    – Após mudanças na formação e vários singles bem-sucedidos que culminaram no EP de estreia “Phase One” (2023), a banda paulista de Melodic Death/Thrash Metal Sophie’s Threat lançou, em 22 de novembro, seu aguardado álbum completo, “Enemy Within”. A obra apresenta uma mistura marcante de peso e melodia, inspirada por grandes nomes do death metal melódico sueco, como Arch Enemy, In Flames, Scar Symmetry e Dark Tranquility, além de marcar a estreia definitiva da atual formação com Felícia Andrade (vocais), Ricardo Oliveira (guitarra), Guilherme Nemeth (baixo) e Tiago Carteano (bateria).Os singles “Self Divided” e “The Future” já haviam demonstrado a nova sonoridade da banda, destacando a habilidade de Felícia Andrade em transitar entre vocais limpos e guturais, o que expandiu significativamente o alcance criativo do grupo em relação aos primeiros lançamentos. Agora, com “Enemy Within”, a banda explora uma série de temas profundos e contemporâneos. As letras abordam questões como o poder de decidir entre a vida e a morte, os limites da intervenção humana na natureza, os mistérios de vida extraterrestre, o impacto da desinformação durante a pandemia, as incertezas do avanço tecnológico, a luta contra a depressão e os conflitos de identidade em tempos de hiperconexão digital. Com uma narrativa crítica e reflexiva, o álbum conecta o presente a eventos históricos e dilemas universais. Ouça “Enemy Within” em https://onerpm.link/161945880151

    – O álbum “Temple of Shadows”, que consolidou o Angra como um dos maiores nomes do metal mundial, retorna em grande estilo para celebrar seu 20º aniversário. Com lançamento marcado para o dia 6 de dezembro, esta edição especial chega ao Brasil pela Voice Music em um formato luxuoso, com slipcase, pôster e OBI, além de duas faixas bônus inéditas, tornando-se um item indispensável para fãs e colecionadores. Pré-venda disponível: https://blackrockstore.com.br/produto/cd-angra-temple-of-shadows-20th-anniversary-slipcase-poster/. Totalmente remasterizado, Temple of Shadows não é apenas um marco musical, mas também conceitual. Suas canções exploram temas profundos e apresentam colaborações memoráveis de grandes nomes, como Kai Hansen (Helloween), Hansi Kürsch (Blind Guardian), Sabine Edelsbacher (Edenbridge) e o lendário Milton Nascimento.

    – O Barão Vermelho vai apresentar seu novo show “Do Tamanho da Vida”, título da música inédita de Cazuza e Barão Vermelho. O espetáculo acontece no dia 27 de dezembro (sexta), no Circo Voador (RJ). A nova turnê, que foi lançada juntamente com a nova canção durante o Rock in Rio 2024, inclui sucessos como “Bete Balanço”, “Exagerado”, “Maior Abandonado”, “O Tempo Não Para” e “Pro Dia Nascer Feliz”. “O show do Barão e a sua turnê “Do Tamanho da Vida”, me pegam, por mil motivos. Parece que tudo que já fizemos tem relevância. O repertório é “matador”, a banda está voando alto, performances incríveis e muita vontade de agradar aos fãs. São 43 anos de estrada, tudo DO TAMANHO DA VIDA, como o prometido, como merecido. Viva caralho, morrer jamais!”, exclama um empolgado Guto Goffi, baterista do Barão. Há oito anos, o quarteto carioca, é composto por dois de seus fundadores: Guto Goffi e Maurício Barros (teclados e vocais), Fernando Magalhães (guitarra, violão e vocais), desde 1985 no grupo e por Rodrigo Suricato (voz, guitarra e violões).
    Serviço:

    BARÃO VERMELHO | Turnê “Do Tamanho da Vida”

    Data: Sexta, 27 de dezembro de 2024

    ABERTURA DOS PORTÕES

    20h

    INGRESSOS A PARTIR DE

    R$ 70 (meia-entrada para estudantes, menores de 21 anos, pessoas com deficiência e maiores

    de 60 anos | ingresso solidário válido com 1 kg de alimento | cliente Clube O Globo –

    participante do programa de relacionamento do Jornal O Globo | cliente Cartão Giro MetrôRio

    – cadastre o cartão e pague meia-entrada em até 2 ingressos | Grupo Estação – mediante a apresentação do ingresso de cinema do mês vigente)

    R$ 140 (inteira)

    Classificação: 18 anos (14 a 17 anos somente acompanhados pelos responsáveis)

    Compras na bilheteria do Circo Voador e pelo site da Eventim: eventim.com.br

  • Raimundos lançam o single ‘Maria Bonita’


    A veterana banda brasileira Raimundos lançou no início de novembro o single “Maria Bonita”. É a primeira amostra do futuro álbum de estúdio do grupo que vai marcar o primeiro lançamento de disco novo dos músicos desde 2014.

    O single, cuja bela capa acompanha este texto, foi liberado nas plataformas no dia 6 de novembro e busca o resgate da sonoridade que consagrou uma carreira cujo estouro comercial, com o álbum “Raimundos”, completou 30 anos em 2024.

    Marca ainda a primeira música liberada pela banda desde a morte, em 2023, do saudoso baixista Canisso.

    O novo som traz o hardcore característico dos Raimundos, mesclado com uma sonoridade nordestina, que combina com a protagonista de “Maria Bonita”.

    Na composição, escrita pelo vocalista e guitarrista, Digão, e Vitor Mendes, a banda destaca que está fazendo uma “ode a mulheres fortes e inteligentes, que o homem tem de merecer estar ao seu lado”.

    “‘Maria Bonita’” é um hardcore desenfreado bem ao velho e bom estilo Raimundos mas com cara de novo! Essa canção alterna riffs bem rápidos e pesados, vocais cadenciados e abre para uma bela melodia no refrão. Direto ao ponto!”, conta a banda,no release distribuído à imprensa sobre seu novo single.

    A nova faixa é produzida pelo próprio Digão, com mixagem e masterização de João Milliet, no estúdio Cada Instante SP.

    Além dos vocais e guitarra de Digão, “Maria Bonita” conta com Marquim na guitarra e backing vocals, Caio na bateria e Jean Moura no baixo e backing vocals também.

    Ainda sem uma data oficial de lançamento, o primeiro álbum de inéditas desde “Cantigas de Garagem”, de 2014, também será o primeiro lançamento da banda desde sua assinatura com a ONErpm, que aconteceu no final de outubro.

  • Aconteceu de novo: elite universitária chafurda no preconceito e se orgulha de espalhar ódio


    A cantora negra entra em um restaurante de m,a cidade grande do sul dos Estados Unidos no começo dos anos 1960. Era nacionalmente famosa e foi imediatamente reconhecida ao entra. 

    Entretanto, de forma sádica, funcionários brancos manifestaram satisfação, como se estivesse se vingando por suas vidas medíocres, ao dizer que o estabelecimento não servia “negros” ou “pessoas de cor”.

    Apesar de indignada, saiu chorando resignada diante de tamanha perfídia. A cena está em “A História de Mahalia Jackson”, de 2022. 

    Dirigido por Denise Downes, exibido pela TV Globo na segunda-feira, dia 18 de novembro. Por uma daquelas coincidências maravilhosas, a obra passou na Sessão da Tarde. Após a ocorrência, no final de semana anterior, de uma das mais abjetas e nojentas manifestações de racismo e preconceito entre universitários.

    A cna do filme é um triste retrato da perversidade humana que ainda é possível identificar mais de 60 anos depois neste país racista e infeliz. Os casos de preconceito são diários e agora, mais uma vez, revelam o caráter asqueroso da maior parte da elite que ainda insiste em dominar e emporcalhar a nossa sociedade.

    Em quase todos os “jogos universitários” brasileiros, quase sempre envolvendo times esportivos de faculdades e universidades particulares, há episódios de racismo e de comportamento inacreditável e reprovável de universitários bem, criados e de classe média alta. 

     Os “belos” comportamentos ocorreram agora nos Jogos Jurídicos de São Paulo, envolvendo universidades da área de Direito.

    Em um jogo de handebol, na cidade de Americana, alunos e torcedores da PUC-SP insultaram os adversários da USP com palavras como “cotistas” e “pobres”, sempre de forma pejorativa, de forma a desprezar alunos de escolas públicas,.

    Considerados por esses dejetos humanos de xingaram como “pessoas de segunda classe” e indignas de fazer parte do ensino superior.

    As reações foram bem rápidas e contundentes com repúdio total às posturas dos alunos e torcedores da PUC, com punições educacionais e perda e empregos e estágios para as pessoas identificadas em vídeo. Que bom que isso tenha ocorrido, mas ainda [e pouco, muito pouco.

    Na verdade, é a constatação de que está cada vez mais normalizado um comportamento assustador e explícito da elite nacional: um racismo que beira o ódio e esbarra no fascismo.

    Esse tipo de comportamento repulsivo não é uma novidade. É recorrente principalmente em eventos sociais e esportivos de alunos de medicina pelo Brasil, um reduto de estudantes de classe medi e rica, que podem pagar mensalidades de cerca de R$ 10 mil fora ouros gastos.

    Antes eram mais discretos nas brincadeiras e posturas reprováveis, agora estão perdendo o pudor. Anos atrás, por exemplo, um estudante de origem asiática, vítima de bullying, foi encontrado morto no fundo de uma piscina durante uma festa de alunos de medicina da capital paulista. 

    O caso nunca foi esclarecido, apesar de indícios de violência no corpo. Em festas de futuro médicos no interior do Estado, os casos de violência e preconceito são ainda mais aterradores.

    Com aplausos da extrema-direita e de apoiadores do ex-presidente nefasto Jair Bolsonaro, esse tipo de comportamento é relativizado – quando não ignorado e incentivado – por gemente que cultua o ódio e esconde atrás do pior tipo e religiosidade para destilar preconceito e e violência de todos os tipos.

    O comportamento dos dejetos que entoaram gritos preconceituosos e racistas no jogo de handebol não pode ser tratado como uma ocorrência menor, como se fosse uma livre manifestação de torcida tal qual em um estádio de futebol em jogo profissional. Racismo e preconceitos são crimes e precisam ser punido severamente.

    O incidente é perigoso porque é a confirmação de tais comportamentos não estão presentes e fortes com cada vez mais explícitos e desafiadores, como se os lixos que simpatizam com práticas fascistas perdessem o medo e a vergonha de serem identificados.

    É perigoso também em um momento em, que parcela expressiva do eleitorado abraça candidatos e ideias que beiram o fascismo, que semeiam o ódio e espalham mentiras e incentivos a comportamentos violentos de todos os tipos.

     Emerge novamente quando políticos da pior espécie articulam uma “anistia” para terroristas e golpistas de 8 de janeiro de 2023 com extensão ao nefasto Bolsonaro.

    E não dá para achar que é coincidência que as manifestações racistas surjam no momento em que um maluco fascista joga bombas no STH (Superior Tribunal Federal) após várias ameaças de morte a ministros da corte.

    Não é de se surpreender que vejam,ops decisões judiciais de primeira instância cada vez mais estapafúrdias, muitas delas inconstitucionais e corroendo a liberdade de expressão. Então são esses os futuros advogados, promotores de Justiça e juízeaque terão a missão de fazer “Justiça” neste país infeliz?

    São esses os futuros médicos lamentáveis que Têm desprezo por seres humanos que não podem pagar R$ 1 mil por uma consulta?

    A polarização político-ideológica é cada vez mais necessária para que possamos identificar quem são os seres execráveis e disseminadores de ódio para que possamos bani-los e neutralizá-los.

    Se por um lado episódios como os de Americana são nojentos e aterradores, por outro são instrutivos e reveladores do caráter deformado e parte grande parte dos jovens da elite do Brasil. Que possamos aprender e a combater essa gente inimiga da civilização.

  • Notas roqueiras: Válvera, Ratos de Porão, Stop Them…

    Ratos de Porão )FOTO: DIVULGAÇÃO)


     – Formada em 2010, a Válvera é uma das principais bandas brasileiras em ascensão e já gravou três álbuns: “Cidade Em Caos” (2015), “Back To Hell” (2017) e “Cycle Of Disaster” (2020) – este último lançado mundialmente pela Brutal Records (EUA) e considerado, pela votação do público, o 8º melhor lançamento de metal brasileiro na categoria “Melhores de 2020” pela Roadie Crew, a maior revista de Rock e Metal do Brasil. No último domingo (17), o grupo anunciou sua participação no Bangers Open Air 2025, que ocorrerá no dia 3 de maio. Veja o post: https://www.instagram.com/p/DCenzyEO95R/?igsh=d3N5M2p3OGYzZms1 O quarteto está em preparação para o lançamento do single “Reckoning Has Begun”, que deve ser anunciado em breve. Participar do Bangers Open Air é um sonho para os músicos: “Tudo isso é fruto de muito trabalho, dedicação, diversos corres e, acima de tudo, do apoio dos nossos fãs que nos acompanham nessa jornada. Estar em um festival dessa magnitude, ao lado de tantas bandas incríveis, é um marco importante para nossa carreira. Prometemos que entregaremos tudo no palco; podem contar com um show enérgico e histórico, pois faremos desse momento algo memorável. Obrigado a todos que acreditam no nosso som e nos impulsionam a cada passo. Esse momento é de todos nós! Nos vemos sabadão, dia 3 de maio, no festival!”, diz Glauber Barreto.

    – A Fuzz On Discos, união dos selos AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records, lança em vinil o álbum “Feijoada Acidente?” – Brasil, do Ratos de Porão, que saiu originalmente em 1995, época em que a banda contava com João Gordo (vocal), Jão (guitarra), Pica-Pau (baixo) e Boka (bateria). A primeira prensagem nacional de ‘”Feijoada Acidente?” – Brasil’ tem edição limitada a 500 cópias (400 vinil preto e 100 vinil splatter) e arte de capa recriada por Beto Ferris. Com o título fazendo uma paródia a “The Spaghetti Incident?”, álbum lançado em 1993 pelo Guns N’Roses, ‘”Feijoada Acidente?” – Brasil’ traz músicas inéditas do R.D.P. e clássicos do punk rock brasileiro. “A gente gravou ‘Feijoada Acidente’ em 1995. Foram dois discos, um só de covers de bandas gringas e outro de nacionais. Foi muito legal, porque só de ensaiar já era divertido”, recordou João Gordo. “A crítica também gostou, porque a gente fez uns ‘lados B’ do além; bandas que ninguém imaginava que iríamos tirar cover a gente gravou. Ainda mais as nacionais, que a gente teve que fazer uma arqueologia musical, reconstituir músicas gravadas em fitas podres e até mesmo outras que só lembrava de cabeça. Eu tenho uma memória muito boa para essas coisas. Inclusive aquela ‘Nós Somos da Turma’ era coisa que os punks cantavam loucos de bola lá na Galeria em 1980. Eu lembrei disso e coloquei no disco”, completou.

    – A banda Stop Them surge literalmente incomodando o sistema com seu primeiro single/vídeo, “Billionaire’s Paradise”, de cara sendo vetado do YouTube e outras plataformas. “Billionaire’s Paradise” é um hino Anti-Capitalista, que também será o título do álbum de estreia dessa banda formada por figuras conhecidas do underground. O álbum foi mixado e masterizado por Cedric Chew Stop Them, uma inesperada banda de grindcore e vertentes da música extrema com uma postura fervorosa contra o capitalismo, está pronta para abalar os alicerces da indústria musical com seu álbum de estreia. Composta por músicos experientes, com passagem por várias bandas renomadas do underground (Raimundos, DFC, Deceivers, Sapatos Bicolores, Macakongs 2099), Stop Them entrega um manifesto poderoso para a mudança social e os direitos dos trabalhadores. O álbum de estreia da banda, com lançamento previsto para o final de 2024, promete ser um grito de guerra contra a exploração e a desigualdade. Assista a versão sem cortes na plataforma do Dayly Motion: https://www.dailymotion.com/video/kFDyZm7YoDxjinBw8Lo

  • Notas roqueiras: The Exploited, Madball, Ocaradometal…

    – O veterano The Exploited, uma das bandas mais importantes e mais influentes do cenário punk britânico e mundial, coloca o Brasil em maio de 2025 na rota da The Final Tour. Em São Paulo, o quarteto que está vivíssimo há 46 anos, sempre capitaneado pelo vocalista Wattie Buchan e seu moicano vermelho, será a atração principal da segunda edição do Upfront Festival, dia 11/05, no Carioca Club.
    Ingressos já à venda: https://www.clubedoingresso.com/evento/upfrontalfestival-theexploited O Upfront Festival em maio de 2025 também terá outra lenda do punk, Ratos de Porão, com a incansável turnê que tanto celebra os mais de 40 anos de atividade como divulga o feroz álbum Necropolítica. A realização é da Agência Sobcontrole. Mais cinco bandas completam o diversificado e único lineup da segunda edição do Upfront Festival:The Chisel, Fang, Escalpo , Urutu e Punho de Mahin. Fang é uma banda americana de hardcore punk, com um som direto e empolgante, do início da cena punk rock da Califórnia, nos Estados Unidos, nos anos 1980. O carismático vocalista Sammytown é sempre um show à parte! Da Inglaterra, The Chisel é mais uma representante do punk rock e está na ativa desde 2020, formada por músicos que tocaram na Violent Reaction, Arms Race e Chubby & The Gang. O último álbum é ‘What A F*cking Nightmare’, que lembra os ouvintes de todas as coisas que são tão impactantes e duradouras sobre a música punk: há uma vitalidade, suor tangível, sangue e pegadas de botas que deixam uma marca muito tempo depois de serem feitas. O Urutu é a personificação do metal punk paulista, com riffs poderosos, letras em português e uma energia devastadora, principalmente ao vivo. 
    Já o Escalpo vem com seu d-Beat metálico diretamente do interior paulista com passagem explosiva pela Europa. O quinteto divulga o debut Unnus, a mistura única entre a urgência do punk e o peso do metal, sempre com agressividade sonora e lírica, com críticas contundentes e ferozes contra governos opressores e excludentes. Punho de Mahin completa o lineup. Desde sua fundação em 2018, tem sido uma voz essencial na luta contra o racismo estrutural, machismo e outras mazelas sociais. Com um som contundente que mistura punk rock, hardcore e D-beat, suas letras profundas ecoam as experiências e resistências da população negra. A edição de estreia do Upfront, com Bad Manners, que aconteceria em 2024, foi transferida para 26 de janeiro de 2025, também no Carioca Club. Saiba mais aqui.

    SERVIÇO

    Upfront Festival com The Exploited

    Data: 11 de maio de 2025

    Local: Carioca Club (rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiro, São Paulo/SP

    Horário: 14h às 21h

    Ingresso: https://www.clubedoingresso.com/evento/upfrontalfestival-theexploited

    Valores:

    1º lote – Pista: R$150,00

    2º lote – Pista: R$180,00

    1° lote – Camarote: R$220,00

    2° lote – Camarote: R$250,00– Madball os reis do hardcore nova-iorquino, estão de volta ao Brasil para show único, remarcado para o dia 9 de dezembro no Fabrique Club, em São Paulo. A veterana banda traz o show que celebra 30 anos do clássico álbum Set It Off. A banda convidada é o Paura, autoridade máxima em hardcore no Brasil com quase 30 anos de atividades, sempre requisitada com seus shows enérgicos e conectados ao público. O Paura também será uma das bandas no show do Madball em Santiago, no Chile, dia 8/12. 
    “Foi uma banda que influenciou muito no começo. Esse disco Set it Off é um marco do hardcore mundial”, destaca o Paura, que ano passado lançou o pesado e agressivo 8º álbum Karma Punishment. 
    A realização do show único do Madball no Brasil em 2024 é da Vênus Concerts. Madball, formada no final dos anos 1980, é ao lado de Agnostic Front uma das bandas pilares do chamado hardcore nova-iorquino. Inclusive são consideradas bandas irmãs – o vocalista Freddy Cricien é o irmão mais novo de Roger Miret, vocalista do Agnostic Front.

    SERVIÇO


    Madball em São Paulo

    Data: 9 de dezembro de 2024 (segunda-feira)

    Horário: 19h (abertura da casa)

    Local: Fabrique Club

    Endereço: Rua Barra Funda, 1071, na Barra Funda – São Paulo/SP

    Ingresso: http://www.bilheto.com.br/evento/2879/mad-ball-2024

    Valores:
    1º lote Meia / Promocional: R$ 160,00 – ESGOTADO

    2º lote Meia / Promocional: R$ 180,00

    1º lote Inteira: R$ 360,00

    Classificação: 18 anos (é obrigatório a apresentação do documento de identidade e estar acompanhado por um responsável)

    – A” banda Ocaradometal finalizou em grande estilo o lançamento do álbum de estreia “Forjado em Cinzas: O Luto que Precede a Luz”. O disco, uma verdadeira celebração da diversidade, profundidade e história do Metal, foi lançado oficialmente na sexta, 23, sob os cuidados do selo Heavy.Future, encerrando um ciclo de divulgação que manteve fãs e curiosos engajados por quase dois meses. Desde o início de outubro, uma nova faixa do álbum era disponibilizada a cada quatro dias, criando um sentimento de expectativa crescente. Essa estratégia não apenas revelou o conceito por trás do disco — um ciclo de luto, superação e reconstrução de identidade explorado em 12 faixas — mas também destacou a capacidade do Ocaradometal de inovar dentro de um gênero conhecido por sua fidelidade às raízes. A banda, que é formada por Ian Garbinato (guitarra/vocal), Luana Cruz (vocal), Diego Marinho (baixo) e Gabriel Martens (bateria), contou com diversos convidados especiais no álbum, que ampliaram o conceito de explorar diversos subgêneros do Metal, com a presença de Vini Castellari (Project46), Ya Exodus (Eskröta), Velles, Dudu Lima, Thiago Bianchi (Noturnall), Abel Camargo (Hibria), Yohann Kisser, Rappa Nui e DJ Noé (ex-InDharma), Caio Callil, Igor Bollos, Edu Borges, Cézar Tortorelli, Chico Brown e da banda Psycho Decadence. Cada um dos convidados contribuiu com sua identidade musical para criar um mosaico sonoro que transita entre subgêneros do Metal, exemplificando de forma concisa o compromisso do projeto com a celebração da história do gênero e a abertura de caminhos para novas gerações de ouvintes.

  • Notas roqueiras: Matanza Ritual, Marilyn Manson, Mike Piñera, documentário de rock gaúcho…

    Matanza Ritual (FOTO: DIVULGAÇÃO)


    – O Matanza Ritual Fest 
    em São Paulo, agendado para ser realizado em dezembro, teve sua data alterada para 28 de março de 2025. O show segue na Audio, e os ingressos adquiridos seguem válidos, sem necessidade de troca. Além do Matanza Ritual, o evento contará com Ratos de Porão, Pavilhão 9 e Allen Key. O Matanza Ritual, conhecido por promover apresentações memoráveis e cheias de energia, encabeça o lineup. Os ingressos para o festival estão à venda pela Ticket360. Quem optar pelo estorno do valor pago, deve contatar esta empresa. O Matanza Ritual é formado por um time de estrelas do rock nacional: o vocalista Jimmy London, o baixista Felipe Andreoli (Angra), o guitarrista Antônio Araújo e o baterista Amílcar Christofáro (Torture Squad). No repertório, uma enxurrada de clássicos do Matanza, e claro, os aclamados singles do Matanza Ritual, “Morte Súbita”, “Sujeito Amargo” e “Rei Morto”. 
    Ao longo de mais de quatro décadas, o Ratos de Porão lançou 13 álbuns e diversos EPs e splits. Os últimos trabalhos da lendária banda são Necropolítica (2022) e o EP Isentön Paunokü (2023). Desde 1981, o grupo passou por algumas mudanças de formação e, hoje, conta com João Gordo nos vocais, Juninho no baixo, Boka na bateria e Jão na guitarra. O Pavilhão 9 é um grupo de rock/rap formado em São Paulo, em 1990, e tem letras políticas e de protesto. São sete álbuns de estúdio e uma história incontestável dentro da música pesada brasileira. A abertura da noite fica com a Allen Key, formada em 2018 e que já dividiu palco com grandes nomes como Tarja Turunen (Finlandia), Marko Hietala (Finlândia), Primal Fear (Alemanha), Apocalyptica (Finlândia), Roland Grapow (Alemanha), entre outros.

    Serviço:


    Matanza Ritual Fest em São Paulo
    Data: 28 de março de 2025 (sexta-feira)
    Local: Audio
    Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca
    Ingressos: a partir de R$ 100
    Venda Online/Mais informações: https://www.ticket360.com.br/evento/29301/ingressos-para-matanza-fest-com-matanza-ritual-ratos-de-porao-pavilhao-9-e-allen-key

    –  O cantor americano Marilyn Manson lançou o seu novo álbum de estúdio, “One Assassination Under God – Chapter 1”. O décimo segundo álbum de estúdio de Manson é um lançamento da Nuclear Blast e já está disponível para compra em formato físico quanto streaming. Acompanhando o lançamento do novo disco do Marilyn Manson, foi disponibilizado um novo videoclipe, paraa faixa-título de One Assassination Under God – Chapter 1. O video foi dirigido por Bill Yukich, assista:  https://youtu.be/WnsGa7wQgTg

    – O músico americano Mike Piñera, vocalista e guitarrista da histórica banda Blues Image, morreu  no último dia 20 de novembro. Piñera foi um dos grandes nomes do rock psicodélico dos anos 60 e 70, sendo mais conhecido pelo sucesso de 1970, Ride Captain Ride, música escrita para sua banda Blues Image. A música se tornou um clássico instantâneo, marcando a carreira da banda, que se destacou por sua habilidade única de mesclar ritmos latinos com o rock pesado da época, criando um som inovador que capturou a atenção do público e da crítica.

    – Nas margens do Rio Paranhana, entre montanhas e pequenas cidades do Rio Grande do Sul, distantes cerca de 80 km de Porto Alegre, um movimento musical floresceu com a força de um grito de resistência. O documentário “As Pedras do Rio Ligeiro – A História do Rock no Vale do Paranhana”, dirigido por Rodrigo Viegas, resgata a história de uma cena roqueira que marcou os anos 80 e 90, uma época em que as correntezas do Rio Paranhana traziam o som rebelde das guitarras através das cidades. O nome do documentário deriva do próprio significado do nome do rio: “Paranhana” vem do guarani e significa “rio que corre ligeiro”, através da junção de pará (“mar”) e nhana (“correr”). Com lançamento previsto para os próximos meses, o projeto está sendo rea zado através da Lei Paulo Gustavo, com apoio da Prefeitura de Taquara. Assista ao trailer:   https://www.youtu

  • Frejat é a nova vítima da empáfia truculência estrangeira

    Mais uma da série “aconteceu de novo no rock nacional”: artista local é atrapalhado/expulso do palco por equipe/produção de estrela gringa. E depois tudo fica por isso mesmo,

    Aconteceu com o Ratos de Porão, no Knotfest deste Ano, que teve de tocar no escuro devido a “problemas técnicos”, e agra a vítima foi o guitarrista Roberto Frejat, que abriu o show único de Lenny Kravitz no Brasil, no Allianz Parque, em São Paulo.

    Ele tocava a última música quando se surpreendeu com todos os equipamentos desligados no meio da execução. Em seguida, recebeu “ordens” de deixar imediatamente o palco, segundo testemunhas. Foram ordens da produção de Kravitz, que se incomodou com o suposto atraso de Frejat. Não houve ´pedido de desculpas.

    Nas redes sociais, Frejat foi educado, mas se mostrou indignado com o comportamento dos técnicos estrangeiros e cobrou mais respeito aos artistas brasileiros.

    “Indignado com o desrespeito que sofri ontem no fim do meu show de abertura da apresentação de Lenny Kravitz no Allianz Parque em São Paulo, venho agradecer o carinho e o apoio do público presente que aplaudiu e cantou em cena aberta a canção que estava sendo tocada, essa que seria a ultima do meu show. Agradeço também todas as postagens de apoio e indignação pelo ocorrido. Muito obrigado de coração. A gente se vê por aí.”

    Não vai acontecer nada e novos casos ocorrerão porque os produtores/contratantes brasileiros se submetem às estapafúrdias exigências das estrelas estrangeiras e se calam diante do desrespeito e da má conduta de suas equipes técnicas. Acontece em shows de nomes de grande porte e também em festivais diversos.

    Por mais indignados que fiquem, os brasileiros que aceitam abrir os shows internacionais precisam suportar essa situação vexatória sob risco de boicotes futuros. É inacreditável que artistas como Frejat, com mais de 40 anos de estrada e uma instituição roqueira nacional, seja submetido a tal postura deplorável de gringos que mantém atitude colonizadora.

    Neste ponto, é sempre bom lembrar e aplaudir a reação de músicos e assistentes da banda Ultraje a Rigor quando foram vítimas de ataque da produção do cantor inglês Peter Gabriel em uma edição do festival SWU no interior de São Paulo.

    Os gringos tentaram interromper o show dos brasileiros e houve briga generalizada no palco, com os ingleses levando a pior. No dia seguinte, Gabriel, a contragosto, emitiu uma nota lamentando os incidentes e pedindo desculpa pela postura de seus funcionários.

    Será que a única maneira de garantir um tratamento digno e respeitoso e ir à Justiça contra os produtores nacionais que contratam os artistas para a abertura de espetáculos internacionais e festivais?

  • Allianz Parque, 10 anos: uma evolução no entretenimento brasileiro

    FOTO: DIVULGAÇÃO

    Uma revolução na forma de apreciar um grande concerto de música ao ar livre. É desta maneira que nomes importantes da indústria do entretenimento avaliam a chegada do Allianz Parque, em 2014. Não foi só o futebol brasileiro que saiu ganhando.

    O novo estádio do Palmeiras, concebido parta ser uma arena multiuso e receber espetáculos musicais com tratamento acústico adequado, foi o primeiro do país com essas características no Brasil e passou a ser a principal casa de grandes shows de rock em São Paulo e no Brasil.

    O novo estádio do Palmeiras há dez anos é a principal casa dos espetáculos ao vivo, seja pela qualidade acústica, seja pelo conforto maior do que em outros espaços grandes, que não foram projetados para acomodar shows.

    Só quem sofreu ao (ão) ouvir e (não) ver Rush, Queen, Kiss, Ac/DC, U2 e Rolling Stones no Morumbi sabe a diferença de curtir uma apresentação no Allians Parque, como os espectadores das várias apresentações de Titãs Encontro, Paul McCartney, Coldplay, Th Who, Aerosmith e outras tantas atrações internacionais e nacionais de grande porte.

    Há dez anos o novo estádio revolucionou o futebol do cube, ajudando-o a se tornar vencedor como nunca antes havia ocorrido e se tornou a principal arena para espetáculos do país, colocando ua polêmica na área: será que continuara sendo a única do gênero w um país que registrou aumento expressivo na demanda por grandes shows?

    Nem mesmo os estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil chegam perto de oferecer uma experiência boa para ver e ouvir música. Não foram construídos e concebidos parta isso. Por isso o Allianz Parque é tão diferenciado. Ouve-se muito bem em qualquer parte do estádio, e a visão do palco é relativamente boa, ainda que o espectador esteja bem longe, na arquibancada oposta.

    A comparação com o atual Morumbi chega a ser covardia, assim como em relação ao Pacaembu ainda em obras. Era o equipamento que faltava para deixar São Paulo finalmente equipada com um local adequado de oa qualidade para ver espetáculos para mais de 20 mil pessoas.

    A questão é que o Allianz Parque é a única opção do gênero em uma cidade de 12 milhões de habitantes. Morumbi, Pacaembu e Canindé sempre foram inadequados, assim como estádio do Ibirapuera. Neo Química Arena, em Itaquera, ainda não testada para valer, até porque tem contra si o fato de estar muito longe do centro da cidade.

    Com isso, a carência para locais para espetáculos de grande porte na Grande São Paulo fica evidente. Além do Allianz Parque, temos apenas o Vibra (antigo Credicard Hall), que tem uma capacidade para receber 7 mil pessoas. Muito pouco para uma das maiores cidades do mundo.

    O Allianz Parque inaugurou uma nova fase para o entretenimento brtasileiro e engoliu a concorrência até o momento – bom para o Palmeiras e para a empresa que gerencia o estádio, m,as ruim para o time de futebol, que se vê frequentemente desalojado por conta dos shows.

    S nova (nem tão tão nova) arena mostrou que existe um espaço imenso para crescimento na venda de ingressos depois da pandemia de covid-19 e que o público ansiava por ser mais bem tratado e por mais conforto.

    Fica o desafio para que o Morumbi se modernize, em todos os sentidos, e que os concessionários do Pacaembu ofereçam uma estrutura capaz de rivalizar na atração de espetáculos com o estádio do Palmeiras.