The Towh: o que melhor haverá no rock no festival

Iggy Pop (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A versão paulista do Rock in Rio merece aplausos já em sua segunda edição por ter mais rock relevante do que o próprio festival que o originou. The Town escapa da armadilha de colocar um gênero musical em seu nome e, assim, pode usufruir de uma versatilidade que serve para amenizar muitas críticas.

A parte roqueira é, de longe, a mais significativa e relevante da edição de 2025 de The Town. O que era temerário no começo se tornou um acerto no elenco ao focar no punk rock de três gerações em relação às atrações internacionais.

Com 35 anos de carreira, Green Day ainda mantém um apelo juvenil com seu poppy punk bem elaborado e engajado. Mesmo quando abusa de baladas pop ou força a mão em canções mais hard, o trio da Califórnia agrada a uma parcela variada de aficionados do rock

Outro acerto é trazer de volta Iggy Pop, um artista punk por excelência antes mesmo de o punk existir. O cantor americano de quase 80 anos exibe uma performance vigorosa e magnética que sempre fascinou os brasileiros. Provavelmente será o melhor show do festival.

Como curiosidade, haverá uma apresentação de um desfigurado Sex Pistols, o ícone britânico pubk que simbolizou a explosão do movimento nos anos 70. O vocalista Johnny Rottern está fora da formação, o que compromete as expectativas, mas ainda assim é parte da história do rock que estará tocando novamente em São Paulo;

Com variados graus de condescendência, duas bandas brasileiras prometem honrar o legado punk nesta “edição quase temática”. CPM 22 segue firme segurando o legado emo e é, atualmente, uma das atrações nacionais que mais público atrai aos seus shows.

Já Supla & Os Punks de Boutique mantém a sua aura underground misturando punk e pop com competência, e embalando por um álbum novo e um pouco mais pesado do que o habitual. Às vésperas de completar 60 anos de idade, Supla consegue transmitir a jovialidade necessária em um pop rock carente d novidade e boas ideias.

Aproveite também os últimos momentos de Pitty no rock antes de seu redirecionamento mais à MPB. O maior nome feminino do rock nacional da atualidade continua com um show poderoso e uma mensagem forte d empoderamento e ativismo em vários sentidos.

A única atração de heavy metal do festival é a banda brasileira Ready to Be Hated, uma iniciativa d baixista Luís Mariutti (ex-Angra e Shaman). É um supergrupo com estrelas do rok pesado e faz uma mistura interessante de power metal e metal tradicional. Seu único álbm, deste anom, deverá ser um dos melhores de 202 entre os lançamentos do metal nacional.

6 de setembro (domingo)

Palco SKYLINE
15h50: Capital Inicial
18h10: Bruce Dickinson
20h30: Sex Pistols
23h15: Green Day

Palco THE ONE
14h40: Supla & Inocentes
17h: CPM 22
19h20: Pitty
21h55: Iggy Pop

Factory
13h: The Mönic convida Raidol
14h45: Ready to be Hated
17h05: Karina Buhr
19h25: Tihuana

Palco São Paulo Square
14h: SP Square Big Band
17h10: SP Square Big Band com Clariana
19h30: Orquestra Mundana Refugi
22h05 Kamasi Washington

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