A banda de rock que mais irrita o presidente americano Donald Trump não existe mais, mas ainda assim segue assombrando o errático, pífio e destrutivo governo dos Estados Unidos. Rage Against the Machine ainda soa poderoso com apenas cinco álbuns inativa há muitos anos.
Com integrantes vinculados a organizações progressistas consideradas “terroristas” , o quarteto se notabilizou pelo ativismo político e pela agressividade no som e nas letras contundentes que atacam a desigualdade social e econômica, além de combater racismo e qualquer tipo de discriminação
Odiada pela extrema-direita e mesmo pelo mundo conservador moderado dos americanos – a banda “comunista” que atenta contra os valores nacionais – Rage Against thr Machine resiste ao tempo como símbolo da resistência (perdão pela repetição) roqueira da contestação a um sistema injusto e profundamente desigual. Lamentavelmente, a banda não resistiu aos conflitos internos e suas próprias contradições.
É essa banda poderosa eu surge agora em ótimo lançamento a vivo, “Live on Tour 1993”, que registra um show importante, com muita energia e recheado de recados políticos – é mais uma “trilha sonora” para enervar Trump e sua tropa de aspirantes a fascistas.
O lançamento em vinil duplo compila 10 “gravações ao vivo completamente intocadas e sem mixagem” de várias cidades da turnê do RATM em 1993. Além de três lados da música, o vinil duplo inclui um lado com uma gravura artística.
Entre as 10 faixas ao vivo estão clássicos como “Bombtrack” (Washington, D.C.), “Killing in the Name” (Orlando), “Bullet in the Head” (Paris) e “Know Your Enemy” (Toronto).
No total, a coleção inclui performances ao vivo de todas as 10 músicas do álbum de estreia homônimo do Rage Against the Machine, de 1992. A edição limitada a 15 mil cópias será inicialmente apenas disponível em lojas de discos independentes.
O Rage Against the Machine embarcou em uma turnê de reunião em 2022, realizando seus primeiros shows em 11 anos. No entanto, a turnê foi interrompida após o vocalista Zack de la Rocha romper o tendão de Aquiles alguns shows antes do início da primeira etapa norte-americana
Embora ele tenha terminado essa etapa tocando sentado, a banda posteriormente cancelou uma etapa europeia e outra norte-americana. Enquanto isso, o guitarrista Tom Morello foi nomeado diretor musical do show final do Black Sabbath, que aconteceu em 5 de julho em Birmingham, Inglaterra. Parece que o pessoal do heavy metal tradicional gosta bastante de um “comunista “ para organizar as coisas…