Sem repercussão artística relevante há anos, o cantor e e guitarrista Roger Rocha Moreira, líder do Ultraje a Rigor, busca uma espécie de “validação “ao bradar uma “reconciliação” com o guitarrista Edgard Scandurra, ex-amigo e até há pouco desafeto. Um encontro teria ocorrido recentemente nos bastidores de um festival.
Roger se indispôs com muita gente por questões políticas – é defensor da direita e bolsonarista – e pelo comportamento desrespeitoso a muita gente e nas redes sociais. Uma das brigas mais célebres foi com o escritor Marcelo Rubens Paiva, cujo pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva, foi sequestrado e morto pela ditadura militar. O músico questionava os motivos prisão de Ruens Paiva.
Mesmo anunciado a “reconciliação” com Scandurra, com quem estava brigado havia anos, não perdei a chance de tentar ficar por cima: Roger disse que o guitarrista do Ira! o procurou para ”pedir desculpas”. Scandurra não se pronunciou sobre o assunto.
Ba busca por validação, Roger cometeu o erro de, ao comemorar nas redes sociais, citar quer “agora só falta o Nasi para se retratar”. Outro desafeto, Nasi, o vocalista do Ira!, respondeu logo que não tem do que se retratar, que quer distância de Roger e o ameaçou nas redes sociais se continuasse citando seu nome nas redes sociais.
Queiramos ou não, Roger conseguiu chamar a atenção em um momento em que todos os artistas de direita e bolsonaristas, principalmente os defensores de anistia a terroristas e golpistas, estão em baixa e recolhidos ao silêncio. Pena que tenha usado Nasi e Scandurra como “escada”.
Por opção própria, Roger praticamente colocou o Ultraje a Rigor na “geladeira”. Abdicou de lançar músicas inéditas e evita fazer shows a mais de 100 quilômetros da cidade de São Paulo.
Sem turnês, a banda perdeu relevância e se contenta em ser banda de apoio do programa de entrevistas “The Noite”, no SBT, comandado pelo humorista Danilo Gentili. É muito pouco para uma banda das mais legais do rock nacional dos anos 80, mas que só gravou um único álbum digno de nota, o primeiro, que completa 40 anos neste ano.
É uma pena que Roger Moreira tenha se tornado uma figura tão controversa que é mais lembrado pelo que faz fora dos palcos e dos estúdios – e que tenha enredado Nasi e Scandurra nesta rede de intrigas desnecessária.