As “Bruxas da Noite” aterrorizaram os soldados nazistas na II Guerra Mundial. Eram mulheres soviéticas que pilotavam caças e bombardeiros para expulsar os invasores alemães a ponto de influenciar no rumo do conflito.
Esse foi o exemplo usado por uma outra “bruxa” para mostrar como é possível assustar o mundo conservador protofascista da atualidade por meio do heavy metal extremo – atitude, contestação, agressividade e valorização do ser humano como prioridades.
Nata de Lima é uma batalhadora do underground da arte brasileira e está na linha de frente do ativismo progressista dentro do rock. Como vocalista da banda de metal extremo de São Jose dos Campos (SP), tornou-se uma figura conhecida e uma voz poderosa a favor da liberdade e da democracia.
Em entrevista ao podcast/videocast “Heavy Talk”, do YouTube, Nata descreveu a sua trajetória no incentivo à arte e ao entretenimento alternativo. São mais de 20 anos cantando na banda e comandando a produtora de eventos Som na Fuça”.
“O som pesado foi o veículo que me proporcionou ficar perto do mundo da arte”, disse a cantora. “Nunca foi fácil, e nunca será, mas em nenhum momento em pensei trabalhar com outra coisa.”
“Como Nascem os Monstros” é o terceiro álbum do Manger Cadavre?, com as letras escritas por Nata de L ima, foi lançado neste ano e é uma tempestade de fúria que resume bem a visão de mundo da artista e a missão da banda em ser uma pedra nas botas e nas vidas de quem pensa em incomodar os adversários de movimentos sociais, por exemplo.
O álbum anterior, “Imperialismo”, , não pode ser mais explícito em relação ao ativismo da banda. “A busca incessante por justiça social norteou a nossa trajetória e não há [ódio possível que possa nos afastar de uma visão progressista e humana da vida. Lutamos contra os extremismos, mas jamais me recusarei a conversar com quem quer que seja.”
Assista abaixo o episódio de “Heavy Talk” com Nata de Lima: