Boicotes a artistas, de qualquer área, são considerados episódios dos mais tristes a envolver o entretenimento e arte em si. Nada tem a ver com censura, mas com a liberdade de escolha e de expressão. Em boa parte dos casos os boicotes são merecidos e mancham carreiras. No Brasil, Tim maia e Raul Seixas foram boicotados por posicionamentos e comportamentos, mas também por faltarem a shows.
Uma das ausências de Seixas causou a destruição de uma casa noturna em São Bernardo do Campo (ABC Paulista) nos anos 80. Tim Maia ficou mais de 20 no sem pisar nos estúdios da TV Globo.
Na Inglaterra, até mesmo um ícone do rocl sofreu bastante por conta da língua solta no palco. O guitarrista Eric Clapton bradou contra imigrantes em um show e foi repudiado por quase toa a nação britânica. Tentou se desculpar alegando que estava bêbado, mas não colou e ficou anos sendo boicotado em com a pecha de racista e xenófobo.
Outro inglês, o cantor Morrissey, ex-The Smiths, tem, sofrido críticas e ataques por declarações simpáticas a ideias e políticas de extrema-direita, em uma série de equívocos lamentáveis ´para um artista que um dia foi associado aos ideais libertários do rock.
Entretanto, Morrissey precisa ser boicotado porque não respeita o consumidor. Desrespeita os fãs com os seguidos cancelamentos de shows em várias partes do mundo.
Esses cancelamentos são recorrentes neste século a ponto de virar0 piada em vários países todas as vezes em que ele anuncia uma turnê internacional.
Desde 2000 o cantor cancelou pelo menos três passagens pelo Brasil, embora tenha comparecido em algumas outras vezes. Agora cancelou de novo, quando deveria passar pela América Latina no final deste ano. Deu indícios de que isso ocorreria há dois meses, quando várias datas foram adiadas ou simplesmente canceladas na Europa.
Como era de esperado, o motivo do cancelamento do show brasileiro é o de sempre: “profunda exaustão”, sendo que precisaria de repouso absoluto” segundo seus médicos. Desde 2000 tem sido assim, com a mesma desculpa.
O desrespeito recorrente ao consumidor em vários países, seguidas vezes, enseja uma pergunta pertinente: por que ele não se aposenta, já que não gosta de turnês e “cansa” demais? Por que continua enganando seus fãs.
Com a credibilidade nas profundezas, Morrissey não é mais levado a sério por muita gente no mercado internacional. Por isso surpreende que ainda haja promotores de shows na América Latina que ainda acreditam no artista e insistam em passar vergonha ao contratá-lo – mesmo sabendo do alto risco de levar o cano. Ingenuidade ou fé suprema na regeneração de um artista que continua desrespeitando seus fãs?
Morrissey merece ser boicotado pelo extremo desrespeito total descompromisso com carreira e com os fãs. Genioso, polêmico, rabugento e arrogante, nunca admitiu que seus seguidos cancelamentos sejam motivos de críticas e desdenha de quem reclama de suas ausências – pelo menos ele avisa com antecedência o cancelamento, já que não há registros de que falte ostensivamente a apresentações sem avisar.
Surgido em Manchester, na Inglaterra, em 1983, The Smith se destacou na geração new wave e pós-punk pelo som diferente de sua guitarra, a cargo de Johnny Marr, e pelo canto lamurioso de Stephen Morrissey,, o vocalista e principal letrista.
Sua melancolia muitas esbarrava na sofrência, mas foi considerado um músico intelectualmente sofisticado por uma imprensa embasbacada que adorava enxergar grandes novidade inovadoras em todos os cantos da Inglaterra.
Uma das mais superestimadas de todos os tempos, durou apoenas cinco anos e nem memso seus integhrantes suportaram o próprio pedantismo, tanto que The Smiths nunca voltou ou se reuniu.
Na carreira solo, Morrissey teve mais baixos do que altos, embora os primeiros quatro álbuns tenham recebido muitos elogios por se tratar de um “som que seria o dos Smiths” se a banda não tivesse acabado. Infelizmente a falta de credibilidade do artista para compromissos diversos afetou negativamente a sua carreira.