Uma era importante do blues americano está chegando ao fim. O pianista e tecladista Reese Wynans anunciou que fará seus últimos concertos com a banda do guitarrista Joe Bonamassa nos Estados Unidos neste fim, de ano. Depois de dez anos no grupo, decidiu que deixará s palcos aos 78 anos.
Referência no instrumento e um discípulo de Dr. John, foi o mais longevo no instrumento com Bonamassa e ainda é bastante lembrado por ter feito parte da Double Trouble, a banda que acompanhou Stevie Ray Vaughan (1954-1990).
A aposentadoria, ainda que parcial, foi anunciada no momento em que ele celebra 40 anos de uma chegada à Double Trouble; Os cinco anos ao lado de Stevie Ray Vaughan o transformaram em celebridade, sendo requisitado por artistas do mundo inteiro.
Depois da morte de Vaughan, a Double Trouble continuou com o baterista Chris Layton e com o baixista Tommy Shannon acompanhando diversos guitarristas, entre eles o angolano radicado no Brasil Nuno Mindelis.
Wynans preferiu sair e se dedicar à produção musical e acompanhar eventualmente alguns renomados nomes do blues. No entanto, surpreendeu ao aceitar entrar para a banda de Bonamassa e encarar turnês mundiais anuais. Os sons de seus teclados, característicos e inconfundíveis, levaram bastante o patamar das músicas e dos shows de Joe Bonamassa, o maior nome do blues na atualidade.
A amizade com o guitarrista, 30 anos mais novo, é tão profunda que seu único disco solo, lançado em 2019, foi produzido por Bonamassa com a presença de uma constelação de astros do blues e do rock;
Com o amigo guitarrista, seus trabalhos mais notáveis foram nos álbuns “Royal Tea” e “Time Clocks”. Esteve apenas uma vez no Brasil, no ano passado, quando a banda de Joe Bonamassa tocou no festival Best of Blues and Rock, em São Paulo.