Do interior de Santa Catarina para Glasgow, a capital a Escócia, em um dos principais festivais dedicados ao Rush no mundo. E então Karol and Snow Dogs arrebatou a plateia britânica e fez o melhor show do evento na opinião de muita gente.
O conto de fadas dos catarinenses é uma das histórias bem legais do rock brasileiro que misturam qualidade, persistência e oportunidade, além de bastante trabalho. Karol and Smow Dogs é, possivelmente uma das bandas tributo ao Rush mais importantes do mundo e a melhor do Brasil.
A Rushfest de Criciúma, uma das grandes cidades de Santa Catarina, existe desde 2014 e cresceu tanto que as últimas atrações atritam cerca de 1,8 mil pessoas em um imponente centro de eventos na cidade. O quarteto nativo é a atração principal quase sempre, tocando músicas do Rush por mais de duas horas.
“Nós recebemos em uma edição anterior a banda escocesa Moving Pictures, e eles retribuíram o convite agora.”, diz o baterista Gilson Naspolini, que toca também ma banda de heavy metal As the Palaces Burn. “Foi uma viagem maravilhosa, a receptividade foi insana. E o fato de termos uma mulher como vocalista é um diferencial.”
Naspomni se derrete pela vocalista, que realmente canta muito bem. Só que a moça também é casada com ele, o que aumentou o entrosamento. Karoline Calegari Naspolini não é musicista em tempo integral – foi reeleita vereadora pelo MDB na vizinha Içara conciliando bem as duas tarefas.
Músico veterano, Naspoliti tocava com vários artistas na região de Criciúma, de vários gêneros, quando resolveu seguir o conselho do amigo Adair Daufembch, conhecido produtor d heavy metal que mora atualmente em Los Angeles, nos Estados Unidos: “Ele me disse para fazer uma atividade paralela que me estimulasse tecnicamente, além de ser algo que eu gostasse. Uma das sugestões foi tocar Rush, e eu gostei.”
O trio de banda cover cresceu com a entrada de Karol nos vocais em 2022, e a banda foi renomeada para Karol and Snow Dogs – uma referência à música “By Tor ansd Snow Dogs”. O quarteto começou a atrair amantes do Rush e do rock de locais mais distantes, como Florianópolis e Porto Alegre, além do interior do Rio Grande do Sul.
“A Rushfest cresceu e atraiu os olhos de muita gemente de fora de Criciúma. Nossas apresentações, filmadas e publicadas na íntegra no YouTube, chamaram a atenção e nossa relação com o Moving Pictures (nome de outra música da banda canadense) possibilitando a viagem ao Reino Unido”, explica o baterista.
A passagem por Glasgow rendeu um minidocumentário sobre a passagem pela Escócia. Bem simples, mas bem editado, consegue cumprir o seu objetivo, transbordando emoção pela importância do evento na trajetória da banda. – além de Naspolini e Karol, tocam no grupo o guitarrista César e o baixista Gabriel, primo de Gilson.
Quanto ao As the Palaces Burn, a banda aguarda o momento correto para lançar o próximo álbum, que está pronto. Naspolini acredita que o trabalho chega ainda neste ano. O som é uma mescla de groove metal e outros estilos do metal. A banda já lançou dois álbuns: “Drowning Into Shadows” (2023) e “Zodiac” (2024).