Vozes em harmonia, deem um grito de hurrah em favor da vida. É dessa forma que o músico inglês Roger Waters, ex-baxista e vocalista do Pink Floyd, está conclamando as populações vítimas de repressão e violência política a se sublevar.
“Sumud” é na ova canção do músico e obra de ser lançada. É uma obra que tem como objetivo primordial ser mais um veículo de apoio à causa paulista, cuja população na Faixa de Gaza continua sendo massacrada pelo exército israelense.
Para os boçais e inúteis que acham que música e política não se misturam, “Sumud” é aterrorizante com seus nove minutos de ladainha progressista em favor de palestinos e de ativistas dos direitos humanos assassinados no mundo nos últimos anos.
Para desespero dos fascistas em geral, a letra cita nominalmente Marielle Franco, vereadora carioca do PSOL assassinada em 2018. Também são citados ativistas e criança palestinas mortos nos últimos 15 anos em Gaza e a adolescente judia Anne Frank, morta em campo de concentração nazista em, 1945. Dá para dizer que é um dos rocks mais politizados de todos os tempos.
A canção, infelizmente, é fraca. Está bem longe das melhores coisas que Waters já compôs. É enfadonha, repetindo a fórmula dos dos últimos álbuns, sendo cantada em tom de pregação, de forma panfletária pouco cativante. É significativa por conta de sua mensagem direta e necessária, mas talvez tenha seu alcance limitado por mais que haja passagens ufanistas e, por que não demagógicas no transcorrer da música.
Mesmo assim, pela coragem da iniciativa, que bem rara nos dos de hoje quando se fala engajamento total, “Sumud” é uma canção importante e que tem de ser massificada e disseminada.