Uma banda que saiu da ficção e virou realidade nos palcos… Poderiam ser os Monkees, a primeira “boy band” da história, ou a recente Daisy Jones and The Six, grupo saiu do livro de mesmo nome…
Mas é a banda Spinal Tap a banda que se tornou sinônimo de “artista fake”, mais até que The Rutles, a paródia do Monty Python em relação aos Beatles. This Is Spinal Tap” é o longa-metragem que mostrava a trajetória de uma fictícia de heavy metal em turnê pelos Estados Unidos, Estrelado por Christopher Guest, teve a direção de Rob Reiner, vítima nesta semana de uma terrível tragédia.
Reiner, que também era ator e dirigiu o famoso filme “Harry and Sally”, estrelado por Billy Crystal e Meg Ryan, foi encontrado morto em sua casa, ao lado da mulher, fotógrafa Michelle Singer -ele tinha 78 anos, ela, 68.
Segundo a polícia de Los Angeles, os corpos tinham marcas de facadas e apontou um dos filhos do casal, Nick Reiner, de 32 anos, como o autor dos assassinatos.
“This Is Spinal Tap” é uma paródia bastante crítica e pega bem pesado na crítica aos clichês do heavy metal e do rock em geral, mas , ao mesmo tempo, é uma das melhores homenagens do cinema à música pop/rock.
Rob Reiner fez um bom trabalho ao retratar o mundo da música utilizando muitas figuras de linguagem como recurso narrativo inovador -0 brincou com a ironia, com o exagero, com um pouco de sarcasmo e até mesmo drama.
A banda fictícia extrapolou as telas e subiu aos palcos dos Estados Unidos, além de gravar LPs, em um processo semelhante ao dos Monkees nos anos 60, mas sem a mesma longevidade e sucesso.
No princípio, o filme causou estranhamento entre os roqueiros e metaleiros – muitos, na verdade, criticaram sem ter visto o filme. Quando viram e entenderam a proposta da fita, identificaram-se com muitas situações narradas e até se divertiram com algumas piadas.
Quando se analisar o trabalho e o legado de Rob Reiner, é obrigatório citar “This Is Spinal Tap” como um de seus grandes trabalhos, um marco na relação entre cinema e rock.