A música muitas vezes clama por soluções tecnológicas para inovar podem estar à distância de um telefone celular ou a u, clique, sobretudo na música. O blues nacional é a prova disso, com instrumentistas lançando trabalhos que são ousados, diferentes e, de certa forma, inovadores, mas usando a tecnologia de forma simles e eficiente.
O guitarrista Duca Belintani fez nova viagem á cidade de Clarksdale, no Mississippi, no sul dos Estados Unidos, no começo de 2024. Ele voltava para visitar o festival de blues mais tradicional do mundo. Com guitarra na mão e um amigo baterista, tocou em diversos bares e se tornou o primeiro músico brasileiro a participar daquele evento.
Com um telefone celular de bons recursos, gravou parte das apresentações e se surpreendeu com a qualidade do som registrado. E assim ele produziu “Live at the Juke Joint”, o seu primeiro álbum ao vivo.
Belintani captou não só o som de sua guitarra e o da banda como toda a ambiência dos locais onde ocou. Entrando no clima local, conseguiu dar ao álbum o clima rústico que perseguia. É um disco saboroso, onde é possível sentir a rusticidade do boteco e a essência do músico de rua.
E os americanos gostaram do que ouviram, por mais que o sotaque fosse bem diferente. “Burning Down” e “I’m Going Down” , que mostram um vigor inusitado e uma sujeira típicas do Mississippi – Belntani é um especialista neste tipo de blues e um devoto do tradicionalismo de Clarksdale, cidade do metre da guitarra Chritstone “Kingfish” Ingram.
Se hoje a tecnologia é acusada de “tirar a alma” das obras de arte, foi ela que permitiu que, de forma simples em maiores dissabores, gravar um disco ao vivo mantendo o lado rústico e oferecendo uma boa qualidade de captação e gravação. Ouça as ótimas versões de “Riptide” e “Muddy Groove” para sentir o clima que Duca Belintani conseguiu captar e passar.
Clique aqui e leia mai sobre o novo álbum de Duca Belintani.
Nuno Mindelis optou pelo conforto do estúdio caseiro para gravar e lançar seu mais recente single, “Turn On Your Love Light”, música do americano Bobby Bland, que foi gravada pelo Grateful Dead.
A música foi produzida em seu estúdio. O guitarrista programou a bateria, usou softwares, como um mellotron alguns arranjos de metais, O resultado ficou ótimo, provando que a simplicidade no uso da tecnologia pode levar a trabalhos de qualidade
Em recente conversa com o Combate Rock, o músico revelou que pretendia gravar seu próximo álbum mergulhando novamente no blues mais tradicional. De certa forma, o mais recente single sinaliza essa tendência.