Concerto final de Keith Moon com The Who é liberado no YouTube


Uma banda enferrujada, mas poderosa, que busca um futuro em meio à invasão da disco music. Este era The Who ao final de 1977, u, quarteto que pareci velho aos 15 anos de existência, assim como os conterrâneos/contemporâneos dos Rolling Stones.

Como iria o guitarrista Pete Townshend em um documentário sobre a banda nos ano 2000, eles não estavam, velhos, mas se sentiam ultrapassados depois de três obras-primas seguidas e um álbum de “ressaca”, o razoável “The Who by Bumbers”, de 1975. “As coisas estavam mudando rápido, o punk estava varrendo tudo, a disco dominava s paradas e nós lá, no meio, perdidos.

Havia as tensões de sempre na banda, por isso decidiram que precisavam de mais uma parada antes de entrar no estúdio e gravar o próximo álbum. Escolheram k dia 15 de dezembro de 1977 para um concerto de “despedida”, temporária, para se recolherem nos estúdios.

Mal podiam imaginar que era mesmo uma despedida, mas definitiva – foi o último concerto para um público pagante de Keitj Moon, que morreria meses depois, em setembro de aos 32 anos.

O concerto no Gaumnt Theatre, no bairro de Kilburn, em Londres, era uma celebração, tanto que foi filmado e gravado em áudio para futuro lançamento, mas engavetado por causa da morte de Moon, o baterista insano e genial.

O vídeo foi lançado três décadas depois sob o título de “Live at Kilburn”, mas o áudio continuam9nédito. Nesta semana, o canal francês “Arte Concert” publicou no YouTube, na íntegra, com boa qualidade de imagem.

The Who antes do show de lKilburn: sa esq. para a dir., John Entwistle, Keith Moon, Pete Townshrndf e Roger Dltrey (foto: divulgaçõ)



É um registro importante porque capta o epílogo de uma banda de rock furiosa dos anos 60. Com a morte de Moon, o direcionamento musical mudaria para um direcionamento mais pop.

Depois da longa turnê americana de 1975, The Who rocou pouco ao vivo no na seguinte e descansou em 1977. O concerto de Kilburn foi marcado de forma imprevista e meio em cima da hora. Com pouco ensaio, o quarteto subiu ao palco um pouco enferrujado e “duro”, mas pareceu se divertir. Passaram por cima de erros que não comprometeram e entregaram um show.

Com o repertório baseado no da turnê de 1975, passearam por toda a carreira, já que era uma celebração para o que imaginavam ser uma nova fase da banda. Os clássicos estavam ká,. De “I Can’t Explain” e “Substitute” a “Baba O’Riley” e “Won’t Get Fooled Again”, passando por “My Wife”, de John Entwistle, o baixista monstro, e por versões pesadas de “Summertime Blues”, de Eddie Cocjhane, e a obscura “Dreaming From the Waist”, do então mais recente álbum.

Ainda que irregular, a apresentação não comprometeu e conseguiu resgatar, em parte, a energia que sempre caracterizou o grupo na década de 70, quando mergulhou no hard rock

Se há reparos fazer, é a performance de Moon, que demonstrava certa dificuldade em algumas músicas, além de estar mais cansado do que o habitual. O baterista estava no meio de sua terceira, e mais grave, crise de abuso de álcool. Estava mais lento e estava com a mão mais pesada em canções como “My Generation” e “Shakin’ All Over”.

O saldo positivo da apresentou não representou uma bonança que o fim do concerto parecia indicar. O gruo estava desconexo e desconectado quando começou a gravar as novas músicas que entrariam no álbum “Who Are You”.



A faixa-título, chegou a ser executada em Kilburn em um medely ao final de “My Gereration” e não indicava que o Who cairia de cabeça em arranjs eletrônicos e inspirados na disco mussic, como na sugestiva canção “Sister Disco” e na dançante “Who Are You”.

Com Townagend em crise criativa, John Emtwistle emplacou três composições, algo raro – “Had Enough”, “905” e “Trick of the Light”. Havia tensão, e os trabalhos acabaram sem grandes sobressaltos após Keith Moon ser advertido e até ameaçado de demissão se não buscasse ajuda, novamente, para o abuso no álcool.

Para comemorar o fim das gravações, a banda decidiu convidar amigos, familiares e a equipe que trabalhava com a banda para um miniconcerto nos estúdios Shepperton, em Londres, que seria filmado para um documentário a ser lançado no final de 1978.

As 500 pessoas viram o Who recuperar o vigor nas execuções d “Baba O’Riley” e “Won’t Get Fooled Again”, as versões mais pesadas já feitas. Moon tocou muito bem e deu sinais de que estava encarando a reabilitação (mais uma) com seriedade. Foi a última vez que tocou com os companheiros, três meses antes de sua morte.

O que ninguém sabia era que o baterista estava recorrendo a terapias alternativas e tomando remédios inibidores de vontade de beber, ou que supostamente inibia. Não estava dando certo e Moon não percebeu. D forma acidental, tomou uma overdose de pílulas do remédio e morreu em 7 de setembro de 1978, três semanas depois do lançamento de “Who Are You”.

O documentário que estava sendo planejado foi engavetado, mas o projeto foi retomado em 1979 com base em imagens e material de arquivo de um fã dedicado.

Sem roteiro e narrador, o filme “The Kids Are Alright” é uma colagem mais ou menos cronológica, com certa aleatoriedade, mas serve ao propósito de celebrar os quase 20 anos d banda e como homenagem a Keith Moon.

O documentário inclui as duas gravações de Shepperton Studios e partes das imagens registradas em Kilburn – a trilha sonora pegou do concerto “My Wife” e “Shakin’ All Over”, além de um trecho que “My Generation”.

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