Fazia tempo que não acontecia de forma tão contundente – uma treta feia de banda internacional em terras brasileiras. Os ingleses do Cradle of Filth, uma das três bandas grandes do black metal da atualidade, enfrentou um abandono de músico após o show de São Paulo. Dias depois, demitiu o guitarrista.
A lavagem de roupa suja foi pública, com a ex-tecladista Zoe Federoff escancarando problemas administrativos e o que considerou pagamento baixo para que os músicos aceitassem tocar na banda. E ainda adiantou que o guitarrista Marek Smerda, seu marido, sairia em breve, o que ocorreu realmente.
Dani Filth, o vocalista e líder do Crafdle of Filth, demorou um pouco, mas rebateu as reclamações dos ex-integrantes, afirmando que foram pouco profissionais e que nunca se queixaram de eventuais insatisfações. Mesmo com as saídas em plena turnê latino-americana, a banda de black metal se recompôs e manteve a agenda de shows.
Entre os barracos mais rumorosos ocorridos em terras brasileiras, o mais grave foi o envolvendo a banda inglesa The Cult, que encerrou as atividades após uma briga feia no camarim ao final de um show no Rio de Janeiro em 1994. Testemunhas dizem que o guitarrista Billy Duffy e o vocalista In Aastbury quase trocaram socos.
Em 2012, São Paulo foi palco de uma briga monstro entre os intehrantes do Queensryche, até então amicíssimos; O vocalista Geoff Tate surtou quando começou a ser questionado por conta do envolvimento cada vez maior de sua família na administração da banda, além dos inevitáveis comentários sobre problemas nas finanças.
Em uma passagem de som, Tate teria investido com uma faca contra o guitarrista Michael Wilton e o baterista Scott Rosenfield, de acordo com testemunhas.
O show paulistano aconteceu em clima tenso, assim como mais meia dúzia de shows daquela turnê latino-americana, e logo em seguida Tate anunciou a sua saída, mas que brigaria na Justiça pelos direitos de usar o nome Queensryche. Um acordo só ocorreu anos depois e o vocalista foi substituído por Todd La Torre.
Até mesmo o Iron Maiden passou por um climão nos bastidores em 1998. Ea o final do ano e a dase final da turnê mundial e eram fortes os rumos de insatisfação da banda como vocalista Blaze Bayley; A demissão dele era dada como certa no ano seguinte, mas ainda não se cogitava a volta de Bruce Dickisnson.
Em bom trabalho de reportagem, a revista brasileira Rock Brigade colheu vários depoimentos e indícios de eu Bayley estava com os dos contados e que ele sairia depois do show de São Paulo.
O baixista Steeve Harris e o empresário Rod Smallwood desmentiram as informações e chamaram os jornalista da revista de irresponsáveis, mas seis meses depois Dickinsdon era anunciado como vocalista do Iron Maidsen, de onde tinha saído em 1993, com a consequente demissão de Blaze Bayley.
Um pouco antes, em 1996, Sebastian Bach fazia sua última apresentação com o Skid Row em uma tarde quente no estádio do Pacaembu, em São Paulo, durante um festival de metal. A banda foi muito vaiada e seu vocalista, mais ainda.
As tensões dento da banda eram grandes e Bach não era uma pessoa de fácil trato. Cantou mal e se comportou mal em relação ao público. O clima pesou nos bastidores ao final do show e, segundo testemunhas, a demissão do vocalista foi decidida no voo de volta aos Estados Unidos.