De forma corajosa, mas com atraso, U2 condena a devastação de gaza.

U2 (FOTO: DIVULGAÇÃO)


Até que ponto a barbárie precisa ser ultrajante para soterrar princípios e tirar certas “instituições” da zona de conforto? Símbolo d e certa forma, do rock ativista e engajado, o U2 sofreu bastante com sua hesitação e erros diante do conflito entre Israel e os palestinos da Faixa de Gaza.

Os irlandeses foram cobrados, mas demoraram a se posicionar e sair de um “muro” conveniente até que foram duramente criticados por dedicarem um show às vítimas do atentado terrorista contra israelenses em 7 de outubro de 2023. – 1,25 mil pessoas morreram e 250 foram sequestradas. Foram chamados de covardes pelo ex-Pink Floyd Roger Waters por terem escolhido um lado.

O conflito vai completar dois anos e matou mais de 60 mil palestinos, mas somente agora comoveu os músicos do U2m eu se manifestaram em textos publicados em seu site oficial e replicados nas redes sociais. O texto principal foi assinados pelos quatro integrantes e depois cada um deu seu próprio depoimento.

Embora não tenham incisivos ao condenar as práticas militares do exército israelense, criticaram bastante o governo do primeiro-ministro Benyamin Netanyahu e sua intenção de ocupar militarmente a Faixa de Gaza. Mais ainda, disseram estar “horrorizados” pelos obstáculos impostos à enntrada de alimento e remédios por meio demissões humanitárias.

“Não somos especialistas na política da região, mas queremos que nosso público saiba qual é o posicionamento de cada um de nós”, diz o texto principal. “Todos estão horrorizados há muito tempo com o que está acontecendo, mas o bloqueio da ajuda humanitária e os planos para uma tomada militar da Cidade de Gaza levaram o conflito a um território desconhecido.”

Embora não pareça complicado escolher um lado nessa guerra desigual e desproporcional, ainda há muita hesitação no mundo artístico a respeito de “ser ou parecer antissemita ao criticar Israel.

A condenação, justa e necessária, do abominável ato terrorista do grupo Hamas – o segundo pior atentado terrorista d história – ocorrerem todos os âmbitos, mas permanece uma certa resistência e repudiar a devastação promovida pelos israelenses, que assassinam pessoas em filas de comida, crianças em hospitais e jornalistas de forma deliberada.

Os israelenses usam a fome coo arma de guerra e, aparentemente, só assim os irlandeses do U2 se deram conta da barbárie e do genocídio apoiado por Estados Unidos e que só agora começa a chocar a União Europeia. Chegaram atrasados ao movimento e passaram vergonha.

A condenação à destruição de Gaza ganha terreno entre músicos e artista de cinema, mesmo que de forma lenta. No entanto, o crescimento é consistente e já ftiva de calar as vozes “antissemitas”. az um barulho que incomoda governos de países ocidentais que são aliados de Israel.

No Reino Unido, hoje governo pelo Partido Trabalhista, de centro-esquerda (mas que pouco difere do partido Conservador, de centro-direita), ameaçou empreender uma campanha institucional contra músicos que criticaram Israel e apoiaram os palestinos nos festivais de verão deste ano, em uma tenta

Nos Estados Unidos, o governo autoritário de Donald Trump ameaçou as universidades com cortes de verbas federais se não proibissem manifestações em, apoio aos palestinos, Artistas como Bruce Springsteen, Neil Young e Rage Against the Machine foram ameaçados de investigação federal em vários níveis por criticarem Trump e Israel.

As vozes contra o genocídio são cada vez mais numerosas, assim como as que bradam contra o assassino imperialista russo Vladimir Putin, que invadiu a Ucrânia. Podem não provocar interferências relevantes, mas são altaso suficiente para incomodar.

Clique aqui para ler os textos do U2 traduzidos para o português.

Compartilhe...