Greg Lake tinha a voz mais elegante do rock e, com bastante propriedade, foi considerado o cantor que cantava o mais próximo de Frank Sinatra que no mundo pop. A voz aveludada e grave se tornou uma marca registrada do trio de rock progressivo Emerson, Lake and Palmer.
Embora tenha gravado dois ótimos álbuns nos anos 80, quando o trio acabou, sua carreira solo foi discreta e sempre esteve ancorada no trabalho da antiga banda. Nem mesmo quando se associou ao guitarrista de hard rock irlandês Gary Moore se livrou do repertório de Emerson, Lake and Palmer.
“Live” é um álbum que acaba de sair em homenagem ao cantor e baixista inglês, que completaria 80anos de idade em 2027 – morreu no final de 2016, aos 69 anos, em decorrência de um câncer.
Gravado em novembro de 2005 na pequena cidade de Stevenage, interior da Inglaterra, o álbum mostra o arista a vontade em um palco pequeno, mas não intimista, desfilando o que de melhor fez em sua carreira, incluindo alguns clássicos do King Crimson, banda que integrou e ajudou a fundar antes de criar o trio pelo qual ficou conhecido.
Pouca gente lembra que ele ficou apenas meses no King Crimson e que sua voz domina os dois primeiros álbuns, em clássicos como “Epitaph”, “Tomorrow”, “ionthe Court of the Crimson King” e “21st Century Schizoid Man”.