Em álbum de transição, Malvada pavimenta caminho para o metal

Marcelo Moreira

Uma decisão ousada que vai definir o futuro da banda. Do ineditismo de se fazer hard rock só com mulheres até cair de cabeça no heavy metal moderno foram cinco anos de muita luta e muitos palcos pelo Brasil, transformando a quilometragem em estofo para encarar uma carreira internacional. Mas será que as meninas estão prontas?

O segundo álbum da banda Malvada mescla canções em inglês e português e mostra uma certa indefinição em relação aos próximos passos. A passagem para o metal e para as letras em inglês será testada em uma miniturnê pelo Brasil nos pró

Em alguns momentos é possível dizer que é praticamente outra banda na comparação com o primeiro álbum, “A Noite Vai Ferver”, de 2023. Ali o som era mais simples e direto, com o blues dando suporte a canções de sabor pop embaladas em arranjos bem feitos e guitarras lastreadas em uma timbragem próxima a que o Golpe de Estado usava.

“Makvada”, o segundo CD, é mais pesado, denso e introspectivo, algo que coincide com a chegada da vocalista Indira Castillo, que substituiu Angel Sberse há dois anos. O clima festivo e de boteco sai para dar lugar a um ambiente mais sombrio, datk, embora grandioso e eloquente,

A guitarra ensolarada de Bruna Tsuruda ganha outras feições e talvez seja a maior mudança ocorrida na banda. A pegada está mais pesada, tensa, explosiva e fica ainda ”maior” com o ruidoso baixo de Rafaela Roeli, que toca mais pesado do que Marina Langer, a musicista responsável pelo instrumento anteriormente.

Compartilhe...