Escolha uma Página

Bikini Kill (Foto: Mila Maluhy/Divulgação)

A segunda apresentação do Bikini Kill em São Paulo foi uma grande celebração feminista.

Depois de um primeiro show, em 5 de março, com os ingressos esgotados, desta vez sobraram (poucos) ingressos, com um público que reuniu mulheres de várias gerações: desde as fãs de primeira hora, quando a banda surgiu nos anos 90, até adolescentes que carregam a bandeira “riot grrrl“.

Antes da banda liderada por Kathleen Hanna e Tobi Veil, a noite também foi marcada pelos shows das bandas Weedra, Punho de Mahin e Mercenárias. O Combate Rock pôde acompanhar o show das pioneiras do punk nacional – um show curto e avassalador, tão bom ou até melhor que a banda principal da noite. Com participação especial de Paula Rebelatto nos teclados e vocais de apoio, Sandra Coutinho, Silvia Tape e Pitchu Ferraz arregaçaram no palco, relembrando classicos como “Me Perco”, Polícia” e “Santa Igreja”.

Mercenárias

Às 22 horas em ponto, Bikini Kill subiu ao palco e já lançou sua primeira pedrada, “Double Dare Ya”, que foi a senha para mulheres de várias idades fossem para a frente do palco e cantassem junto com Kathleen Hanna. Esta foi a tônica durante todo o setlist, com 25 canções, incluindo o bis.

Em três momentos, a baterista Tobi Veil assumiu os vocais principais, fazendo com que ora a baixista Kathi Wilcox, ora a guitarrista Sara Landeau ficassem na bateria, enquanto Hanna pegava o baixo. Nessas horas, até para que as trocas todas fossem feitas, havia quebras no ritmo do show, embora isso não importasse para um público que estava lá para celebrar.

Tobi Veil e Kathleen Hanna (Foto: Mila Maluhy/Divulgação)

Com duração de pouco mais de uma hora, Bikini Girl encerrou seu show com a canção “Rebel Girl”, cantada a plenos pulmões por uma audiência eufórica, encerrando uma noite histórica. Na saída, voluntárias do Girl Rock Camp Brasil distribuiam fanzines com entrevistas feitas com Kathleen Hanna e Tobi Veil.