Glenn Hughesse prepara para a despedida de palcos brasileiros

Glenn Hughes (FOTO: DIVULGAÇÃO)

“Não me lembro de ter recusado um convite para tocar ou visitar a América do Sul.” Foi dessa forma com o cantor r baixista Glenn Hughes (ex-deep Purple e Black Sabbath) definiu a sua relação com o país, que dura31 anos.

Em conversa rápida com jornalistas antes do show que realizou no Bangers Open Air, em São Paulo, em maio passado, ele confirmou que voltará ao Brasil pela última vez profissionalmente em novembro deste ano dentro de sua turnê mundial de despedida

Nunca deixou de reconhecer como o Brasil e a América do Sul foram importantes na retomada de sua carreira, nos anos 90. Eke tinha lançado o álbum “Blues”, em 1992, pouco tempo depois de sair de um período de reabilitação por conta do abuso em drogas e álcool. O disco fazia parte da série “L.A. Blues Authority”, e não teve grande repercussão.

Em 1994, veio sozinho para divulgar “From Now On”, o álbum que o recolocou nas paradas e devolveu a sua credibilidade artística. Ficou apenas em São Paulo em uma semana fria do inverno daquele ano, mas jamais esquecerá a recepção que teve.

“Era um recomeço e eu não estava tendo oportunidades significativas. Aquel mnha primeira visita a São Paulo me mostrou o quanto eu e o Deep Purple éramos queridos na América do Sul”, contou o cantor a este jornalista no começo deste século. “Eu estava divulgando o disco, que tocou bastante nas rádios daqui e fui tratado com grande deferência, como nunca antes havia acontecido. O carinho imenso me emociona até hoje.”

Hughes passou horas em dois dias em uma emissora de rádio dedicada ao rock, visitou revistas especializadas e chegou a cantar três músicas em uma improvisada jam session em um famoso bar rock da capital paulista, além de esticar ao litoral norte paulista por dois dias.

Veja as datas dos supostos últimos shows de Glenn Hughes no Brasil:

  • 11/11 – Porto Alegre (Opinião)
  • 13/11 – Belo Horizonte (Mister Rock)
  • 14/11 – Rio de Janeiro (Circo Voador)
  • 16/11 – São Paulo (VIP Station)
  • 18/11 – Curitiba (Tork ‘n’ Roll)

A “Voz do Rock”

Vocalista, baixista e compositor, Glenn Hughes é reconhecido como um dos melhores cantores de todos os tempos. Stevie Wonder já declarou que é o seu cantor branco favorito. “Às vezes era difícil lidar com Glenn em estúdio. O sonho dele era ser Stevie Wonder”, declarou Jon Lord (1941-2012), seu e-companheiro de Deep Purple.

Natural de Cannock, na Inglaterra, Glenn Hughes foi influenciado por diversos estilos, como o hard rock britânico dos anos 1960, The Beatles, e, sobretudo, a soul music e o R&B norte-americanos. Era fanático por artistas da da Motown, de Detroit, e, aos 17 anos, tocou baixo em várias bandas até iniciar a gênese do Trapeze aos 17 anos, em 1968.

Foi com essa banda de Brimimgham que gravou três álbuns que tiveram boa repercussão a ponto de ser convidado para ser baixista e vocalista do Deep Purple em 1973.

Apesar do ceticismo inicial, a nova formação da banda, que incluía o vocalista David Coberdale, surpreendeu pela qualidade e pela mudança de direcionamento musical. Foram três anos com a banda, que acabou em 1876. O destaque da época é “Burn” (1974), .

A carreira solo começa no ano seguinte com o álbum “Play Me Out”. Sem, muita repercussão, o músico mergulhou fundo no álcool e drogas, em abuso grande que vinha desde 1973.

Pouco gravou o atuou em shows até 1982, quando lançou “Hughes/Thrall” com o ex-guitarrista de Pat Travers Pat Thrall. Foram amis dois anos sem grandes planos até gravar três músicas com Gary Moore e iniciar as negociações para trabalhar com o guitarrista Tony Iommi, do Black Sabbath.

Era para ser um álbum solo do guitarrista, mas dezembro de 1985 a gravadora obrigou o músico a creditar o álbum ao Blackj Sabbath. Em março de 1986, no auge dos abusos de drogas Hughes faz apenas quatro shows na turnê do álbum “Seventh Star”, em março de daquele ano, e é demitido, sendo substituído por Ray Gillen.

Uma curta participação no projeto Pnehomena foi o trabalho mais relevant que fe até a década seguinte. Foram longas temporadas na reabilitação até lançar “Blues”, em 1992.

Celebrando a sobriedade, lançou mais de dez álbuns nas últimas três décadas, além de gravar com as bandas Black Country Communion, Dead Daisies e California Breed.

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