A união de dois restos de banda, bastante improvável, deu origem a uma das maiores potências do rock na década d 1970. De tão desencanados e descontraídos que os cinco eram, criaram algumas das melhores músicas e o clima de descontração total necessária ao rock and roll, ainda que pouco profissional – tanto que os músicos estavam sempre duros e a banda, endividada até o final.
The Faces tinham tudo para dar errado, e quase deu. No entanto, quinteto se transformou em uma das coisas mais legais do rock inglês A mistura de rock, blues e soul encharcada de uísque e zoeira colou definitivamente ne mente do público.
O difícil começo dos Faces – que juntou três integrantes dos Small Faces e dois do Jeff Beck Group que tinham acabado no começo de 1969 – aparece em uma joia recém-lançada obra “Early Steps”, um jogo de palavras com o título do primeiro álbum, “First Step”, lançado em 1970 absurdamente creditado a Small Faces.
Eram dois bandos distintos com quase nada em comum além de companheiros de farras e bebedeiras. A química deu certo, mas demorou um pouco. Este novo lançamento mostra um pouco dessas dificuldades. The Faces durou seis anos e era formada por Rod Stewart (vocais) e Ron Wood (guitarr), que eram do Jeff Beck Gtoup (Wood era baixista), e os -Small Faces Ian McLagam (teclados), Roniie Lane (baixo e vocais) e Kenney Jones (bateria).
The Faces foram uma banda que os fãs de rock mais dedicados conhecem bem, mas que provavelmente não é tão familiar para o público em geral. Não há dúvida de que foi um capítulo fascinante da história do rock and roll. A banda buscava construir um novo som após o fim dos Small Faces, e com o talento reunido, era uma aposta que valia a pena.
Dessa forma, a banda lançou seu álbum de estreia, “First Step”, em março de 1970. Um disco cru com toques de blues, rock and roll e R&B, alguns podem considerá-lo menos coeso do que seus trabalhos posteriores, mas para aqueles que apreciam um som autêntico e sem firulas, é uma audição excepcional.
Sem soar como se tivesse sido feito pensando em tocar nas rádios, parece mais que a banda se reuniu no estúdio, se entrosou e gravou um rock and roll sincero com base no blues. Um prelúdio para o sucesso que viria alguns anos depois com “A Nod Is As Good As a Wink… to a Blind Horse” (1971) e “Ooh La La” (1973), os Faces haviam conquistado seu espaço na cena do rock and roll.

Em plena ascensão, infelizmente, os Faces nunca mais lançaram um álbum de estúdio após 1973, e em 1975 a banda se desfez, com Stewart totalmente imerso em sua carreira solo, Wood assumindo um papel em tempo integral nos Rolling Stones, antes de Kenney Jones se juntar ao The Who alguns anos depois, após a trágica morte de Keith Moon, em 1978.
Ronnie Lane deixou a banda antes, em 1972, rumo a uma bem-sucedida carreira solo no folk rock , que continuou até sua morte em 1997, enquanto Ian McLagan seguiu como artista solo (além de colaborar regularmente com outros) até seu falecimento em 2014.
Curiosamente abanda que nunca conseguiu fazer muito dinheiro integrou o seleto grupo de combos que mais vendiam ingressos para show na primeira metade dos anos 70 ao lado de Rolling Stones, The Who e Led Zeppelin. O que dei errado, se é que deu errado?
A banda mais bagaceira de todos os tempos apenas queria curtir o rock, sj nas homérica bebedeiras, seja na simples diversão de tocar e se divertir n palco mais do que o público, Enquanto a concorrência estava com a “faca nos dentes” para ocupar mais espaço de mercado. Como não amar um grupo desses?
Retrato importante
Inspirado no título de seu álbum de estreia, “First Step”, “Early Steps” chega em 31 de outubro de 2025 pela Rhino Records como parte da série “Rocktober 2025 para streaming, mas, mais interessante ainda, em formato de CD ou vinil.
Explicando a origem do material, “Early Steps” inclui mixagens e ensaios preliminares de várias faixas, originalmente presentes em “First Step”, bem como algumas gravações pouco conhecidas como “Train”. Gravado no verão e outono de 1969 no Olympic Studios em Londres, este álbum reúne gravações esporádicas de ensaios ao vivo, nunca antes ouvidas.
É um disco que transborda energia com gravações ao vivo em estúdio que são simplesmente eletrizantes, com o baixo, as guitarras, a bateria e os teclados soando com tanta nitidez que parece que você está na sala com a banda. Além disso, essas gravações revelam a química natural do grupo.
Apresentando cinco versões inéditas de “Shake, Shudder, Shiver”, “Devotion”, “Train”, “Flying” e “Pineapple and The Monkey”, estas ótimas versões de “I Feel So Good”, “Evil” e “Shake, Shudder, Shiver” foram reunidas e lançadas anteriormente na maravilhosa caixa “Five Guys Walk Into A Bar…”, de 2004.
O conto de fadas bagaceiro furou quatro álbuns e três anos – isso se não contarmos a carreira solo paralela de Rod Stewart, cujos álbuns do períodos foram gravados pelos Faces. Incomodado com essa situação e com a fata de perspectivas, Ronnie Lane deixa o grupo a´pos o quarto álbum, “Ojh la la”, em 1972 Foi o começp do fim.
Nos três anos seguintes Stewary cresceu com cantor sol e a banda não mais gravou, implodindo de vez em 1975. Ron Wood foi para os Rolling Stones, enquanto Kenney Jones para The Who e Ian McLagan, brevemente como músico de turnê dos Stones.
Em 2012, começou-se a articular uma reunião dos remanescentes. Era a indicação ao Rock and Roll Hall if Fame, e quase rolou. Lane esytava morto, mas Wood, McLagan e Jones recrutaram Mick Hucknall, do Simply ?Red, para as celebrações e uma rápida turnê.; Rod Stewart não participou devido a compromissos considerados inadiáveis.
No entanto, em 2021, os membros originais — Jones, Stewart e Wood, já que McLagan tinha morrido — se reuniram para trabalhar em material inédito, e há rumores de que um álbum do Faces será lançado em algum momento de 2026.