Guerra cultural começou: censura e boicotes antidemocráticos empesteiam a vida brasileira

O jogo bruto da censura e dos boicotes promovidos por extremistas de direita de inspiração fascista e de administrações públicas retrógradas

Está ganhando terreno o Brasil e nos Estados Unidos. Nunca a liberdade de expressão, em seu sentido correto, esteve tão em perigo neste século como agora.

Os sinais foram em julho quando a Prefeitura de São Paulo cortou som e telão da banda Sophia Chaplau e UIma Enorme Perda de Tempo Ppr críticas a Israel e apoio ao povo palestino vítima de genocídio. Dias depois, cancelou a permissão de uso de equipamento da prefeitura da Feira Literária da Periferia.

Enquanto canalhas tentam ampliar o apoio à anistia a terroristas e golpistas nojentos, assim, como o apoio à blindagem a parlamentares criminosos, o manto escuro joga trevas em ambientes culturais diversos.

Em São José dos Campos, no interior do Estado de São Paulo, a prefeitura mandou cancelar a participação da jornalista e escritora Milly Lacombe, ativista LGBTQIA+ e feminista, de um evento literário importante.

Por causa da censura, todos os curadores renunciaram e vários outros convidados, como a atriz Marisa Orth e o jornalista Xico Sá, cancelaram suas participações em protesto. O evento foi adiado por tempo indeterminado.

O prefeito Anderson Farias (PSD),que é conservador, afirmou que apresença de uma pessoa como “Milly Lacombe” não está em consonância com os “valores da família e do povo joseense”. Nos bastidores, ele teri sofrido fortes pressões do pior tipo de conservadorismo religioso eu domina a politica local, seguindo jornalistas locais.

Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o alvo é o escritor e jornalista (e aspirante a historiador) Eduardo Bueno. Ele foi “desconvidado” deum evento literário que tinha a ´prefeitura como co-organizadora.

Motivo: fez comentários mordazes e irônicos sobre a morte do ativista ultraconservador e quase fascista Charles Kirk, assassinado nos Estados Unidos – era fanático colaborador do presidente americano Donald Trump. Por causa disso, também foi afastado do conselho editorial do Senado.

A morte de Kirk também ocasionou a suspensão do programa de entrevistas do Jimmy Kimmel, da rede ABC, em todo os Estados Unidos. O apresentador não fez graça, mas, em tom sério, questionou as posições do ativista assassinado e de como sua morte estava sendo instrumentalizada por forças políticas.

O lixo conservador mundial está colocando as cartas na mesa na guerra cultural empreendida contra o mundo civilizado e democrático. No caso brasileiro, é a antecipação da eleição presidencial do ano que vem, onde o golpismo de cunho fascista está empoderado com mais de 30% dos brasileiros criticando a condenação justa do nefasto ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiando uma nojenta e inconstitucional anistia ampla.

Nos Estados Unidos, o lunático Trump está dilapidando as instituições e destruindo a democracia ao aparelhar a administração com toda a sorte de fascistas, negacionistas e escroques em geral.

A perseguição a cientistas e professores universitários, bem, como de entidades progressistas, é só o começo da guerra cultural. Roqueiros que o criticam, como Bruce Springsteen e Tom Morello (Rage Against the Machine) também estão na mira.

Usando a máquina pública para censurar e massacrar a liberdade de expressão, os conservadores e extremistas de direita promovem todo tipo de violência institucional e retrocesso, como temos visto neste mês na Faculdade Ciências Humanas e Letras da USP- o local tem sido invadido por seres das profundezas do esgoto, que agride e provocam estudantes d esquerda.

Na guerra cultural que evolui para a guerra política, é necessário jamais ficarem silêncio. Mais do que denunciar a censura e o boicote antidemocrático, é preciso que as forças progressistas partam para o confronto cívio e imponham suas ideias civilizatórias e antifascistas. Não dá para esperar de forma passiva que o fascismo ganhe espaço.

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