O mercado fonográfico está redescobrindo, pela enésima vez, o lucrativo filão das “edições de luxo” e caixas especiais com material adicional de álbuns antigos e importantes. Tem sido assim desde 2023 em incontáveis relançamentos.
O King Crimson é o campeão de relançamentos especiais, às vezes com caixas comais de 25 CDs. O Metallica relançou em junho “Laod”, de 1996, em vários formatos, sendo um deles uma caixa com 16 CDs, com sobras de estúdio e muito material ao vivo da época.
Agora é a vez da banda britânica Jethro Tull soltar uma versão de um antigo álbum ao vivo e sobras de estúdio, “Living in the Past”, com material do início dos anos 70, foi rebatizado de “Still Living in the Past” e chega ao mercado em caixa com cinco CDs em sua versão mais extensa, que trazem shows completos dos primórdios da banda.
Parte dos tapes foi encontrada e reconstituída pelo pelo produtor e engenheiro de som Steven Wilson, que éguitarrista e vocalista do grupo de rock progressivo Porcupine Tree. .
“Still Living in the Past”, disponível desde 11 de julho pela Rhino, reinterpreta a coletânea de sobras do grupo de 1972 como um conjunto de cinco CDs e um Blu-ray, cpmtendo35 mixagens e versões inéditas, além de praticamente todas as 21 faixas originais que apareceram no álbum duplo original.
Além das mixagens originais do material não lançado que compunha “Living in the Past”, Wilson compilou suas mixagens dessas faixas – ambas as versões feitas para as edições box set de “This Was”, “Stand Up”, “Benefit” e “Aqualung” e algumas novas – bem como uma apresentação remixada e devidamente sequenciada de um álbum de 1970 registrado ao vivo do Carnegie Hall.
Material extenso
O Blu-ray que acompanha o álbum inclui versões em alta resolução das mixagens originais e de Wilson (junto com algumas opções selecionadas de som surround 5.1, incluindo o conjunto do Carnegie Hall), bem como quatro vídeos promocionais originais.
Um conjunto de dois LPs replicará a ordem original de “Living in the Past” com os remixes de Wilson do passado e do presente. É tudo uma espécie de desconstrução ou reconstrução de um álbum que ofereceu material antigo do Jethro Tull de uma nova maneira.
“Living in the Past” surgiu quando a bandaestava causando impacto em ambos os lados do Atlântico com seus quatro primeiros álbuns., sucessos de vendas na Inglaterra.
Como era costume no mercado britânico, a banda gravou e promoveu bastante material que permaneceu apenas em lançamentos single.
Esses lados B não foram apenas coletados para “Living in the Past”, mas muitos receberam remixagens estéreo pela primeira vez no Morgan Studios na primavera de 1971.
A faixa-título, lançada inicialmente como single no Reino Unido em 1969, foi lançada para promover o álbum nos Estados Unidos e alcançou a 11ª posição na Billboard Hot 100 – o lançamento de single mais bem-sucedido da banda.
O álbum também incluía algum material selecionado que ninguém tinha ouvido antes, incluindo os outtakes “Singing All Day” e “Just Trying to Be” e um lado com áudio de uma apresentação no Carnegie Hall, em Nova York, gravado em 4 de novembro de 1970.
Com parte do material relevante de Living in the Past remasterizado e/ou remixado por Wilson para coleções anteriores, a versão em caixa de Still Living in the Past não replica perfeitamente o álbum original – mas oferece algumas seleções selecionadas para fãs e colecionadores. Mixagens não utilizadas de faixas como “Life is a Long Song”, “Inside” e “Lick Your Fingers Clean” estão aqui, junto com uma nova mixagem “acústica” de Wilson da favorita dos fãs “Locomotive Breath”.
O concerto do Carnegie Hall também tem sua apresentação mais abrangente aqui; o material que não entrou em “Living in the Past” foi lançado em um box set em 1993 e foi reeditado em sequência com as faixas de “Living in the Past” para uma edição expandida de 2010.