Morre Hermeto Paschoal, o gênio que extraía som e música de qualquer coissa

Hermeto

Um ser humano capaz de tirar sons musicais de uma pedra – uma usina sonora indescritível e quase indecifrável. Hermeto Paschoal parecia emanar sons e luzes de forma espontânea de tal forma que era impossível 6rotulká-lo, como certa vez publicou o jornal americano “The New York Times”..

Morto aos 89 anos neste sábado (13), era avesso às categorizações e dizia que era um espírito livre, assim como a música que produzia. Hermeto era experimental, era inovador, era vanguardista. Era único, em todos os sentidos.

Dentro do seu experimentalismo e da vanguarda, Fez muita coisa que pode ser considerada como jazz, certamente por conta dos improvisos e pela “mania” de enveredar pelo desconhecido.

Dessa forma, houve quem identificasse no repertório de Hermeto traços de rock progressivo nos anos 70 e 80. Exagero? Não para um músico que era um artesão sonoro, mestre ao buscar timbres inusitados e jamais percorridos, assim como era gênio m “manipular” o silêncio, um grande aliado.

Alagoano, era um dos nomes mais inovadores e reverenciados da música brasileira, foi compositor, arranjador, multi-instrumentista e improvisador. Ele transcendeu fronteiras estilísticas e culturais, criando uma obra que é ao mesmo tempo erudita e popular, experimental e profundamente enraizada nas tradições brasileiras.

Com uma carreira de 75 anos, sobram superlativos na avaliação de sua trajetória .Obviamente a palavra gênio está associada a ele, mas em quase todos os quesitos soa insuficiente, Seu nome sempre será usado como sinônimo de música instigantre, inovadora e da melhor qualidade.

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