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Que tal saber como foi a última turnê do King Crimson? E conhecer toda a trajetória de décadas de artistas importantes como Serguei e Made in Brazil? Ou mergulhar nas maravilhosas histórias do rock e blues africanos – ou da música folclórica europeia?

Só i In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical – proporciona tais desejos e possibilidades, este que se tornou um dos principais eventos do audiovisual brasileiro.

A 15ª edição será realizada em São Paulo entre os dias 14 a 25 de junho, nas salas CineSesc, Cinemateca Brasileira, Spcine Olido, SPcine Paulo Emílio (CCSP), entre outras, tendo ainda parte da programação exibida de forma online para todo Brasil.
Nesses 15 anos, o In-Edit Brasil levou para as telas do cinema, e para o streaming, filmes dos mais diversos universos musicais, de todos os cantos do Brasil e do Mundo, além de homenagear grandes nomes do documentário musical e do cinema mundial como Albert Maysles, Dick Fontaine, D.A. Pennebaker, Murray Lerner, Carlos Saura, Andrucha Waddington, entre outros, tornando-se a principal vitrine para os documentários musicais no país.

Em 2023, o festival apresenta 68 títulos nacionais e internacionais, inéditos em circuito comercial de cinema ou streaming, com personalidades como Tom Jobim, Elis Regina, Syd Barrett e a banda Pink Floyd.

Também serão exibidas obras que retratarão gente como Chiquinha Gonzaga, Marc Bolan e a banda T.Rex, Lupicínio Rodrigues, o rapper XXXTENTACION, Max Roach, a cantora cubana Omara Portuondo, a história do álbum “Thriller”, de Michael Jackson, Los Mirlos e a cumbia amazônica. E ainda tem filmes com Karlheinz Stockhausen, Letrux e David Johansen, que foi o vocalista da banda New York Dolls, retratado por Martin Scorsese m maravilhoso documentário.

O convidado desta edição é o cineasta e produtor canadense Ron Mann, que vem ao Brasil para apresentar seus filmes, entre eles, o Imagine the “Sound (1981)”, considerado por diversos críticos como um dos mais importantes filmes sobre jazz já feitos, que reúne em entrevistas e apresentações os principais inovadores do free jazz dos anos 60 como Paul Bley, Cecil Taylor, Archie Shepp e Bill Dixon.

Entre as novidades deste ano, o rock tem protagonismo na Mostra Teen, com títulos que remetem à adolescência de várias gerações, como “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, ‘Twist”, “Prisioneiro do Rock’ n’ Roll” (com Elvis Presley), “Alvorada Da Alegria” (com Frank Sinatra), entre outros. 

Na Mostra Flashback serão exibidos filmes raros, cultuados pela curadoria do festival, mas nunca exibidos no evento – porque anteriores à primeira edição do In-Edit Brasil.

Completam a programação as tradicionais atividades paralelas, com festa, DJs, pocket shows exclusivos, debates, sessões comentadas e Feira de Vinil, envolvendo artistas como Fausto Fawcett, Letrux, Orquestra de Frevo Capibaribe, entre outros.

“Nesta edição de 15 anos, temos uma programação extensa e rica em detalhes. Tanto o Panorama Brasileiro quanto o Panorama Mundial oferecem títulos incríveis, muitos dos quais não entrarão em circuito comercial tão cedo (se é que algum dia entrarão). Então, o In-Edit passa a ser uma grande oportunidade para quem realmente gosta de ver os melhores documentários sobre música na tela grande, em alto e bom som!”, diz Marcelo Aliche, diretor artístico do festival.

A sessão de abertura, no dia 14 de junho, às 20h30, no CineSesc, para convidados e público, terá a pré-estreia mundial do documentário “Chic Show”, de Emílio Domingos e Felipe Giuntini e produção da Globoplay, com a história de um dos mais importantes bailes da cidade de São Paulo, nas décadas de 70 e 80, 

PROGRAMAÇÃO COMPLETA NO SITE: www.in-edit-brasil.com

Marc Bolan (dir.), um dos grandes nomes do glam rock (FOTO: DIVULGAÇÃO/REPRODUÇÃO)

Destaques do rock

 – O longa “Fausto Fawcett na Cabeça”, de Victor Lopez, estará na competição nacional. Mostra o cotidiano do poeta e cantor Fausto Fawcett, responsável por um dos maiores sucessos dos anos 1980, a música “Kátia Flávia: a Godiva do Irajá”.

– “Êra Punk” , de Flávio Galvão, é uma crônica urbana de mais um país exposto à escalada da extrema direita.

–  “Lucinha Turnbull”, de Luiz Thunderbird e Zé Mazzei, sobre Lucia Turnbull, considerada a primeira mulher a tocar guitarra no Brasil, relembrando sua carreira, com participações fundamentais em alguns dos principais trabalhos de Rita Lee e Gilberto Gil. 

-. Homenagem a Rita Lee, o filme “Ovelha Negra” (2007), de Roberto de Oliveira, será exibido na Cinemateca Brasileira, encerrando o festival. Rita Lee morreu aos 75 anos em maio último,

– “Personality Crisis: One Night Only”, documentário assinado por Martin Scorsese e David Tedeschi, que retrata David Johansen, vocalista da icônica banda The New York Dolls;  

– “Angelheaded Hipster: The Songs of Marc Bolan & T. Rex”, de Ethan Silverman, faz um tributo a um dos maiores ícones do rock mundial, Marc Bolan e à banda T-Rex, que revolucionou o rock com sua estética glam no começo dos anos 70. Bolan morru aos 31 aos em 1977 em um acidente de automóvel.

 – “Have You Got It Yet? The Story of Syd Barrett and Pink Floyd”, de Roddy Bogawa e Storm Thorgerson, sobre o cofundador do Pink Floyd, Syd Barrett, que reúne depoimentos inéditos dos quatro membros da banda, Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright. Barrett era a bússola criativa e principal compositor da banda inglesa, além de seu principal vocalista no primeiro disco. A partir de meados de 1967 começou a a apresentar problemas psiquiátricos agravados pelo consumo de drogas pesadas, e foi “demitido” em janeiro de 1968. Morreu em 2006, aos 60 anos de idade, em razão de diverso problemas de saúde, entre eles um câncer.

 – Em “CAN and Me, de Michael P. Aust”, inédito no Brasil, o tecladista Irmin Schmidt, fundador do Can, um dos grupos criadores do movimento krautrock surgido na Alemanha no final dos anos 1960 – hoje com mais de 80 anos – conta como se reinventou inúmeras vezes e aborda temas como sua relação com Stockhausen e Ligeti, o uso de drogas, o minimalismo de Nova York, o passado nazista de seu pai e sua paixão pelo cinema e pela música eletrônica.

– O diretor canadense Ron Mann, presta uma homenagem a Rick Kelly, luthier que fez guitarras com madeira de prédios demolidos em NY para Lou Reed, Patti Smith, Bob Dylan em Carmine Street Guitars, e assina a produção de Fire Music, documentário dirigido por Tom Surgal, sobre os pioneiros do movimento free-jazz nas décadas de 1960 e 1970, como Ornette Coleman, Cecil Taylor, Sun Ra, Albert Ayler e John Coltrane, a partir de um arquivo riquíssimo.

– A vida e a obra do músico e ativista, e um dos mais importantes bateristas de jazz de todos os tempos, Max Roach, é retratada em “Max Roach: The Drum Also Waltzes”, de Samuel Pollard e Ben Shapiro.

– Fundado em 1965, em Nova York, o restaurante Max’s Kansas City, frequentado por personalidades como Andy Warhol e George Harrison, ponto de encontro de intelectuais e depois berço do movimento punk, junto com o CBGB ‘s, é tema de “Nightclubbing: The Birth of Punk Rock in NYC”, do diretor Danny García.

– A surpreendente história da gravação de “Thriller”, de Michael Jackson, um álbum que mudou não só a história da música pop, mas criou um novo padrão de produção na indústria musical, é contada por Bruce Swedien, técnico de som e braço direito de Quincy Jones, no documentário Sonic Fantasy, de Marcos Cabotá. 

– Em “Sirens”, a diretora Rita Bagdadi acompanha a primeira banda de heavy metal feminina do Oriente Médio, “Slave to Sirens”, formada por Lilas, Shery, Maya, Alma e Tatyana. 

–  O filme “The Computer Accent”, de Riel Roch Decter e Sebastián Pardo, mostra a banda norte-americana YACHT, que decidiu usar a inteligência artificial para fazer seu novo disco “Chain Tripping”, de 2019, e acabou sendo indicado ao Grammy de Melhor Álbum de Áudio Imersivo.

– O documentário “The Zombies: Hung Up on a Dream”, de Robert Schwartzman, mostra uma das mais cultuadas bandas do rock inglês, The Zombies, que conquistou a América com o single “She’s Not There”, desde o encontro de cinco adolescentes até a entrada no Rock And Roll Hall of Fame.

– No documentário “This Is National Wake”, a diretora Mirissa Neff apresenta a história do grupo de rock multirracial National Wake, primeira banda na história da África do Sul a unir brancos e pretos numa mesma formação durante o Apartheid.  

– Um dos títulos mais importantes na cultura adolescente das décadas de 1950 e 1960, o filme “Prisioneiro do Rock’ n’ Roll” (Jailhouse Rock), de Richard Thorpe (1957), traz como protagonista Elvis Presley, que interpreta Vince Everet, levado preso após matar acidentalmente um homem. Na cadeia, ele conhece o ex-cantor country Hunk Houghton (Mickey Shaughnessy), que o ensina a tocar violão. Após ser libertado, Vince inicia sua carreira musical sob o agenciamento de Peggy Van Alden (Judy Tyler). Clássico do cinema e do rock, o filme foi visto por milhões de pessoas em todo o mundo. 

– Dirigido por Roberto Farias e estrelado por Roberto Carlos, o filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” (1968) é um dos grandes clássicos brasileiros dedicado ao público jovem. Nele, o astro Roberto Carlos faz um filme e se vê perseguido por bandidos internacionais que queriam levá-lo para os Estados Unidos deixando seus fãs órfãos.  

– O diretor Ron Mann nos brinda com o filme “Twist” (1992), com um material de arquivo que mostra os milhares de jovens que se reuniam em clubes de diversas cidades americanas para dançar ao som da música negra de Hank Ballard, Chubby Checker, LaVern Baker entre outros, movendo os quadris, agitando os braços, batendo palmas e fazendo acrobacias, numa das primeiras manifestações puramente adolescentes.

– Em 1972 o cineasta francês Roviros Manthoulis e sua equipe viajaram pelos Estados Unidos buscando o verdadeiro blues americano. O resultado está em “Les Blues entre les dents” (Blues under the skin), que mostra os encontros de grandes cantores de blues como BB King, Mance Lipscomb, Robert Pete Williams e Roosevelt Sykes. Entre acordes e melodias, a simplicidade e a segregação, esses músicos carregam a raiz da música norte-americana.

– Atividades paralelas: apresentações musicais ao vivo com Lucinha Turnbull e Luiz Thunderbird, revisitando a trajetória da cantora e guitarrista; com o poeta, cantor e compositor Fausto Fawcett – trazem para o palco o legado musical de personagens que são tema de alguns dos principais filmes do Panorama Brasileiro desta edição.


SERVIÇO

In-Edit Brasil – 15º Festival Internacional do Documentário Musical

De 14 a 25 de junho – São Paulo e Online

www.in-edit-brasil.com | @ineditbrasil



Salas do Festival – São Paulo (presencial)



CineSesc: Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César.

Cinemateca Brasileira: Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino.

Spcine Olido e Sala Olido: Av. São João, 473 – Centro.

Spcine Paulo Emílio (CCSP): Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso.

Cine Cortina: Rua Araújo, 62 – República.

Associação Cultural Cecília: Rua Vitorino Carmilo, 449 – Santa Cecília.

Centro da Terra: Rua Piracuama, 19 – Perdizes.

Plataformas Online do Festival

Itaú Cultural Play: itauculturalplay.com.br

Spcine Play: spcineplay.com.br

Sesc Digital: sescsp.org.br/cinemaemcasa

In-Edit TV: inedit.tv.br

Acesso gratuito em toda a programação, exceto sessões no CineSesc, com ingresso a R$ 24 (inteira), R$ 12 (meia) e R$ 8 (credencial plena) e entrada gratuita em sessões específicas.