No aniversário de 80 anos, Alice Coope reúne a banda original

Alice Cooper Band (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Uns dizem que foi por remorso, numa tentativa de reparar erros do passado. Outros são mais simplista e cravam que foi por dinheiro e para tentar ressuscitar uma carreira morta. Nos tribunais das redes sociais e dos julgamentos sobre tudo, Alice Cooper está condenado mesmo aos 80 anos de idade.

Seja qual for a motivação, Vincent Furnier finalmente aceitou uma reunião com a formação origina da Alice Cooper Band, com a aqual começou em 1968, e comemorar os seus 80 anos de idade e mais de 60 de carreira.

“Wild Ones” é o primeiro single de um álbum previsto para este ano É uma canção bem típica de Alice Cooper, mas com ares vintage, remetendo ao final os anos 60, quando a Alice Cooper Band formatava o seu hard rock incipiente.

Registrado no Carriage House Studios, em Stamford, Connecticut, o vídeo mostra Alice Cooper ao lado de Michael Bruce (guitarra), Dennis Dunaway (baixo) e Neil Smith (bateria), executando a nova música. A ausência, é claro, é do notável guitarrista Glen Buxton, morto em 1997.

A reunião vinha sendo tentada há pelo menos 15 anos, mas diversos entraves impediram – quase todos ligados a Alice Cooper. Em 50 anos, foram apenas dois shows com a formação original: em 1999, pata homenagear Buxto, e em 2015 sem motivação específica.

“The Recvenge of Alice Cooper” é o nome do álbum que será lançado em 25 de julho creditado a Alice Cooper Band. A felicidade com a reunião ofuscou as buscas pelas verdadeiras razões de os quatro remanescentes só agora entrarem em acordo e se juntarem. Especulações dizem, que houve uma bela quantia em dinheiro para reunir a formação original no ano do cinquentenário da ruptura da banda.

Com produção de Bob Ezrin — o mesmo responsável por álbuns clássicos da banda como Love It to Death, Killer, School’s Out e Billion Dollar Babies — este é o primeiro disco do grupo desde Muscle of Love, lançado em 1973. O novo trabalho chega às lojas no dia 25 de julho, via earMusic.

Seja como for, é uma bela comemoração para os 80 anos de Alice Cooper, um dos pioneiros da fusão de rock com teatro e histórias de horror. O nme da banda fazia alusão justamente a personagens de contos de terror que tanto fascinava os integrantes da banda, surgida em 1968.

Curiosamente, Vincent Furnier, o vocalista, quase que de imediato incorporou o personagem Alice Cooper, que morria quase todas as noites ao final dos shows. Virou lenda em Detroit, a cidade da banda. A fama nacional veio no início dos anos 70, com o estouro e vendas de álbuns mágicos como “School’s Out” e “Billion Dollar babies”.

As performances teatrais chamaram a atenção do mundo conservador americano, já que Alice Cooper, muito popular, era visto como uma ameaça à juventude principalmente depois do lançamento da música “School’s Out”, encharcada de rebeldia e contestação. O quinteto entrou na mira do FBI, a polícia federal americana.

Depois de uma sequência de ótimos álbuns, a relação entre todos se desgastou e a separação ocorreu em 1975. Em acordo meio conturbado, Furnier ficou com o nome Alice Cooper em definitivo e se transformou em artista solo. Os demais até ensaiaram seguir com uma banda chamada Billion Dollar babies, mas o projeto não foi bem-sucedido e acabaram no underground do rock californiano.

Nos 50 anos seguintes, Alice Cooper se tornou quase sinônimo de rock pesado nos Estados Unidos, além de estar permanentemente associado ao hard rock teatral, inspirando dezenas de bandas e artistas. Assim como vários músicos e grupos musicais, atingiu o topo e se tornou uma verdadeira instituição da música mundial.

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