O Kiss acabou, mas se recusa a morrer e quer ser imortal

Kiss clássico, com máscaras características (FOTO: REPRODUÇÃO)

O Kiss acabou, mas se recusa a morrer. A banda americana de hard rock, que era gigante e modelo de marketing no mundo do entretenimento, tenta se articular depois que o grupo finalmente parou (parou mesmo?).

Entre avatares e hologramas, os chefões Gene Simmons (vocais e baixo) e Paul Stanley (vocais e guitarra) já namoram abertamente com o esquema de “franquias”, ainda que não o digam publicamente. Como seria o mundo se vários “Kiss” existissem ao mesmo tempo?

O que era uma brincadeira foi tratado como coisa seria dez anos atrás, obrigando Simmons a vir a público negar a possibilidade e rechaçá-la: não haveria bandas paralelas ostentando o nome Kiss. Em uma entrevista pra a Classic Rock Magazine, por baixista disse que “Kiss só haveria um”.

Fontes que transitam no entorno do grupo garantem que o entendimento mudou em algumas esferas da “empresa”. Cinco ou seis bandas ao mesmo tempo com roupas do Kiss e tocando so clássicos seria uma forma de manter o legado vivo e e a banda na memória de novas gerações que têm uma outra forma de ouvir música e se relacionar com ela.

O modelo seria inspirado pelo projeto Trans-Siberian Orchestra, fundada pelo tecladista Savatage, Jon Oliva, e pelo empresário Paul O’1Neill. Executando cinco peças de ópera-rock compostas por Oliva, em esquema de banda de rock orquestra, o projeto criou três grandes combos que percorrem Estados Unidos e Canadá com um número enorme de d músicos.

Seria o ápice de uma impessoalidade que decretaria a morte do rock, ou de uma parte do rock eu sempre sobreviveu à base da paixão e da idolatria. Apreciar o som de uma “franquia” de banda famosa é o mesmo de curtir o som de uma banda “cover” ou, pior, não se importar de curtir artistas clonados por Inteligência Artificial – ou, indo além, não se importando em curtir e apreciar música de artistas que não existem, criados por Inteligência Artificial.

Será que essas “franquias” são um símbolo da modernidade inevitáveis? Será que viraremos reféns desse tipo de impessoalidade na arte e, indo além, no restante da vida cotidiana? Pelo jeito, o Kiss não vai morrer tão cedo…

Novos negócios

A coisa se tornou tão séria e importante que enseja a realização e conferências e painéis sobre o Kiss e o futuro dos negócios relacionados ao conjunto. A banda original parou, mas a máquina que gera muito dinheiro não, e não pode parar.

Durante o painel “The Future of KISS”, realizado durante o Kiss Kruise: Land-Locked em Las Vegas em novembro, algumas possibilidades foram discutida e reveladas.

O tamanho da ambição dos executivos que gerenciam o Kiss é tão grande quanto a megalomania de Gene Simmons: a ideia é yotnar o Kiss “imortal” e a “empresa”, igualmente imortal e com crescimento contínuo e avassalador.

Um dos pilares desse novo ciclo é o projeto de avatares digitais. Os modelos atuais, ainda em desenvolvimento, já apresentam um nível de detalhes muito superior. Pode demorar dis anos para que tudo isso vire realidade.

Outro projeto é a definição d como serão colocadas em prática a cinebiografia do Kiss. Será um filme Uma minissérie? Quais serão os protocolos que de escolha do elenco Tudo isso já está em andamento, com previsão de realização a partir der 2026.

A terceira peça desse plano é um documentário centrado na turnê “End of the Road”. O material vem sendo trabalhado há dois anos, reunindo milhares de horas de gravações captadas ao longo da excursão. A promessa é revelar aspectos inéditos do cotidiano por trás da maquiagem e do legado construído ao longo de décadas.

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